O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou que o conflito entre o país e o grupo Hamas atingiu seu “nível mais alto e continuará por meses”, conforme reportado pela Rádio do Exército de Israel neste sábado (30).
Em uma coletiva de imprensa em Tel Aviv, Netanyahu enfatizou o comprometimento das forças militares israelenses, afirmando que estão “lutando com força e novos sistemas acima e abaixo do solo”. Ele acrescentou: “Temos a vantagem, já matamos mais de 8 mil terroristas”.
Este é o segundo anúncio de que o político sionista pretende prolongar o genocídio dos palestinos. Na véspera do Natal ele declarou que “a guerra será longa”, e que as forças israelenses devem atacar toda a faixa de Gaza. “Nos dirigimos em direção ao sul e concentramos nossas principais operações em um outro bastião do Hamas, Khan Yunis”, reiterou.
Na semana anterior, as Forças de Defesa de Israel anunciaram a destruição de uma rede de túneis e do “apartamento-esconderijo” de Yahya Sinwar, o segundo líder mais importante do Hamas em Gaza. A 14ª Brigada de Combate de Reserva das FDI localizou e destruiu o esconderijo, parte de uma complexa rede de túneis utilizada por altos membros do Hamas.
Jatos israelenses intensificaram os ataques na região central de Gaza no domingo, com batalhas em andamento entre os destroços das cidades e campos de refugiados. Netanyahu afirmou que a guerra levará “muitos meses” para ser concluída.
Os comentários do primeiro-ministro indicam uma perspectiva desafiadora para um cessar-fogo iminente, enquanto a ofensiva israelense prossegue, impactando significativamente a Faixa de Gaza e levantando questões sobre possíveis soluções para a região. As últimas ações também aumentam as preocupações sobre a viabilidade de um Estado palestino independente.
Ataques aéreos recentes atingiram al-Maghazi e al-Bureij, na região central de Gaza, resultando em pelo menos dez mortes em uma residência. O conflito persiste, deixando a população em busca de segurança, enquanto tanques israelenses enfrentam soldados do Hamas e o Crescente Vermelho trabalha para resgatar vítimas dos escombros.