O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, afirmou nesta segunda-feira (9) que “a batalha vai levar tempo” e declarou que ela só terá fim com a eliminação do inimigo, embora não tenha mencionado a possibilidade de uma invasão na Faixa de Gaza.
“Sempre soubemos quem é o Hamas, agora o mundo inteiro sabe. O Hamas é o Estado Islâmico. E vamos derrotá-lo assim como o mundo esclarecido derrotou o Estado Islâmico. Esse inimigo vil queria guerra e terá guerra”, disse Netanyahu em pronunciamento.
O líder israelense ressaltou que fará tudo pelos cidadãos israelenses capturados e mantidos como reféns pelo Hamas em Gaza. O grupo afirmou que iria matar os civis sequestrados caso Israel não cessasse os bombardeios.
O porta-voz do braço armado do Hamas afirmou que o grupo não negociará “sob fogo”. Além disso, o Hamas disse que Israel deve estar preparado para o “pagar o preço” pela liberação dos reféns, sem especificar qual seria esse preço.
“Há muita difamação e desinformação sobre a operação e a situação em Israel. Não podemos cair nessas mentiras e propagandas, e temos que ficar ao lado das autoridades. Eu sei que vai tomar tempo, mas prometo que essa batalha não terminará até que eliminemos nosso inimigo”, disse o primeiro-ministro israelense.
Netanyahu afirmou estar em contato com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e agradeceu pela assistência militar e aviões, sem detalhar em que consiste o auxílio.
O primeiro-ministro ainda aproveitou o pronunciamento para convocar a oposição a se unir em uma frente nacional de mobilização, trazendo à memória a Guerra dos Seis Dias, conflito do qual Israel saiu vitorioso em 1967.