Dois gigantes do futebol mundial cedem o empate nos minutos finais de uma partida decisiva e são obrigados a disputar a classificação para as semifinais da Copa do Mundo nos pênaltis.
Em comum, seus camisas 10 serem dois dos jogadores mais caros e badalados do mundo. Esse número tem a mística de pertencer aos craques dos times. Nem sempre foi assim. Essa tradição nasceu com Pelé, no final dos anos 50, tanto no Santos quanto na seleção brasileira.
Lionel Messi e Neymar Jr. viveram exatamente esta situação nesta sexta-feira. O primeiro, deu uma assistência preciosa para o primeiro gol de seu time e converteu a penalidade marcada durante o tempo normal da partida. O segundo, fez um belíssimo gol no primeiro tempo da prorrogação, abrindo o placar de uma partida duríssima contra a Croácia.
O argentino assumiu a responsabilidade de abrir a cobrança da primeira penalidade da série que decidiria a passagem para a próxima fase do torneio contra a Holanda, que estava com o moral alto após conquistar um empate heroico no tempo normal no qual perdia por 2 a 0 até os 38 minutos do segundo tempo.
O brasileiro, por escolha de Tite, seria o último a bater. A justificativa do técnico gaúcho: “Porque ele é o quinto e decisivo pênalti, que fica com uma pressão maior. É o jogador que tem maior qualidade, melhor mentalmente para fazer a cobrança”.
Messi bateu o primeiro pênalti e converteu, dando tranquilidade para seus colegas. A atuação do goleiro Emiliano Martinez, por sua vez, garantiu o carimbo no passaporte argentino à semi-final.
O primeiro brasileiro a cobrar, por escolha de Tite, foi Rodrygo, um atacante de 21 anos de idade que joga no Real Madrid. A não conversão de seu tiro em gol deu um peso adicional a todos os jogadores que lhe sucederam. A marcha das cobranças fez com que a tese de Tite não pudesse ser posta a prova: o Brasil foi eliminado antes da quinta cobrança.