A ex-governadora da Carolina do Sul (EUA) Nikki Haley, rival de Donald Trump no Partido Republicano, desistiu da disputa pela Presidência do país. Ela decidiu deixar a disputa interna do partido após o ex-presidente americano acumular vitórias na “Superterça”, mais importante data nas eleições primárias.
Haley comunicou o fim de sua campanha à imprensa em Charleston, na Carolina do Sul, após perder 14 das 15 disputas da “Superterça” para Trump. Ela alegou que sua desistência ocorre por “amor” ao país. “Cabe agora a Donald Trump conquistar os votos dos que estão no nosso partido e fora dele. E espero que ele faça isso”, afirmou.
A política não confirmou se vai endossar a campanha de Trump e se limitou a desejar “boa sorte” na disputa contra Joe Biden, atual presidente dos Estados Unidos. Após sua desistência, o Comitê Nacional Republicano (RNC) afirmou que o ex-presidente é o “presumível candidato republicano à presidência dos Estados Unidos”.
O comitê ainda elogiou Haley por vencer uma das 15 disputas da “Superterça”, mas afirmou que os republicanos estão “mais unidos do que nunca para derrotar Biden e os democratas nas urnas em novembro”.
Rival de Trump nas eleições presidenciais desse ano, Biden sinalizou que quer tentar conquistar os apoiadores da ex-governadora e afirmou que a republicana tem “coragem” por estar “disposta a falar a verdade” sobre Trump.
“Trump deixou claro que não quer os apoiadores de Nikki Haley. Quero ser claro: há um lugar para eles na minha campanha. Eu sei que há muitas coisas em que não concordaremos. Mas nas questões fundamentais da preservação da democracia americana, da defesa do Estado de direito, do tratamento mútuo com decência, dignidade e respeito, da preservação da Otan e da defesa dos adversários americanos, espero e acredito que possamos encontrar um terreno comum”, afirmou o mandatário americano.