Nesta sexta-feira (14), durante a primeira parte da reunião com o presidente chinês, Xi Jinping, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que deseja aprofundar a relação entre Brasil e China. Lula deseja “estreitar” os laços econômicos entre as nações.
“Ontem fizemos visita à Huawei, em uma demonstração que queremos dizer ao mundo que não temos preconceito em nossas relações com os chineses. Ninguém vai proibir que o Brasil aprimore sua relação com a China”, disse Lula.
O petista acredita que é necessário grande empenho no estabelecimento e aprimoração da relação de ambos países. Ele quer que a aliança não seja apenas comercial mas sim que, aliado a isso, temas como proteção ao meio ambiente ganhem destaque. A parceria na construção de grandes tecnologias também é uma aposta de Lula.
“Contamos com a China na nossa luta pela preservação do planeta Terra, defendendo uma política climática mais saudável. Para isso, é extremamente importante uma transição energética para que a gente possa produzir energia mais limpa, sobretudo eólica, solar, biomassa”, disse.
Entre os acordos bilaterais com a China está, por exemplo, uma parceria para construção do CBERS-6, o sexto de uma linha de satélites. Os modelos mais recentes trazem uma tecnologia que permite o monitoramento de biomas como a Floresta Amazônica, mesmo com nuvens.
Durante sua passagem por Xangai, Lula se reuniu com o presidente do conselho da maior empresa de construção civil do país, a China Communications Construction Company (CCCC), Wang Tongzhou. No Brasil, a CCCC investe em obras de infraestrutura, como a construção da ponte Salvador-Itaparica.
A China é o principal parceiro comercial do Brasil. 27% de tudo o que foi exportado pelo país no ano passado teve como destino o mercado chinês. A parceria é vista como positiva por especialistas.