A ministra da Saúde, Nísia Trindade, durante entrevista à Folha de S.Paulo, afirmou que o governo federal está criando um grupo de trabalho (GT) para analisar uma série de desinformações publicadas em redes sociais por médicos e outras pessoas acerca de campanhas de vacinação. Nísia também falou acerca da situação do atual sistema de vacinação no país e de possíveis melhorias neste campo, a ministra ainda comentou quais seus principais objetivos no comando da pasta.
Confira abaixo:
Há uma diretriz de considerar a saúde como um direito e como uma base para o desenvolvimento sustentável. A partir dessa visão, nós definimos metas. A primeira foi recuperar e atualizar programas bem-sucedidos das outras gestões [PT], como voltar ao patamar de vacinação de 2016, a retomada do Mais Médicos, programa para reduzir filas, vamos lançar o Farmácia Popular. Para os quatro anos, defino que a meta é contribuir para um programa de preparação do país frente a novas emergências sanitárias, além de fortalecer o complexo econômico-industrial da saúde e dar uma dimensão integral à saúde, articulando atenção primária com atenção especializada. Uma última meta é conseguir fazer com que a saúde participe fortemente da chamada transição digital. Dentro da pasta, a visão de equidade volta com força.
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A vacinação está devagar, sem dúvida, com todo o esforço que está sendo feito. O Ministério da Saúde voltou a fazer campanha, voltou a dizer claramente que as pessoas têm que se vacinar. Nós estamos com microplanejamentos, tendo início na região Amazônica. Vamos atuar junto às prefeituras, com lideranças religiosas, outros formadores de opinião, Ministério da Educação. Estamos longe de conseguir reverter o mal dos últimos anos, vamos ter que fazer um trabalho muito intenso.
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Vamos endurecer contra o movimento antivacina. Já está na pauta o chamado PL das fake news, que é mais amplo do que isso. Além disso, isso está em uma ação interministerial, a vacina foi tomada como modelo. Condutas criminosas de médicos e de outras pessoas terão de ser punidas, pessoas que vão às redes falar absurdos, que as pessoas vão morrer se tomar a vacina ou ter alguma sequela. Eu tive uma reunião com o Conselho Federal de Medicina, que se colocou à disposição para nos apoiar numa campanha pró-vacina. Existem práticas fora do contexto, mas também existem práticas criminosas.
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