Parece que, mesmo fora da presidência (e do país, diante da eminência de sua prisão), Bolsonaro e família fazem questão de continuar protagonizando escândalos, e algo me diz que essa merda gigantesca é apenas a ponta do iceberg.
A última é a história das joias das Arábias.
Em outubro de 2021, uma comitiva brasileira foi ao Oriente Médio e trouxe joias de presente para a ex – primeira dama Michelle Bolsonaro.
Eram presentes do governo da Arábia Saudita para a Michelle, e não foram declaradas à Receita Federal.
Enquanto novas revelações vêm à tona, a ex-primeira dama faz a egípcia.
Ela declarou ter sabido do esquema das joias apenas pela imprensa.
Senta lá, Cláudia.
O então governo Bolsonaro tentou mais de uma vez dar o seu “jeitinho”, também conhecido como crime, de recuperar as joias para o bolso da galera.
Gente que vive entre golpes e crimes, “malandro oficial”, diria Chico Buarque.
A isso também se pode chamar de “política do compadrio”, que é basicamente o uso do dinheiro público para trocas de favores pessoais.
Mas Michelle, coitada, não sabia de nada.
Certamente uma surpresa do marido para o dia da Mulher: nada mais romântico do que um casal de criminosos se presenteando com joias ilegais.
Michelle, minha querida, nem todo brasileiro tem o Q.I do seu marido.
Quero dizer: não subestime a nossa inteligência.
Está mais do que claro que os envolvidos – inclusive você – estão todos cagados até o pescoço, a despeito do fato de que, para um governo que transportou cocaína no avião da FAB, joias ilegais são fichinha.
Ao dizer que não sabia das joias contrabandeados de presente pra ela própria, Michelle Bolsonaro trata os brasileiros como asnos.
A possibilidade de Michelle não saber sobre as malandragens do marido é tão remota quanto a possibilidade de Bolsonaro ser honesto: uma propabilidade quase nula.
Michelle Bolsonaro não apenas participou do desastre do marido na presidência como também se beneficiou e continua se beneficiando dele.
(Claramente não estamos lidando com a família Bolsonaro, mas com a quadrilha Bolsonaro.)
Agora, o caso será investigado pelo Ministério Público Federal, depois que a Receita Federal acionou o órgão em Guarulhos (SP).
Que este seja apenas mais um motivo descoberto para que Michele tenha o mesmo destino do marido: apodrecer atrás das grades.