Pesquisa Ipec para a disputa ao Senado no Rio de Janeiro divulgada na noite de terça, dia 6, trouxe a notícia de que Romário lidera com folga, com 32 pontos e os demais candidatos empatam na segunda posição, variando entre 7 ou 8 pontos.
O destaque ficou por conta do crescimento contínuo do candidato de Lula no Estado, André Ceciliano (PT), e o recuo de Alessandro Molon (PSB) — que, ao que tudo indica, atingiu o seu teto. Para quem conhece a política, especialmente a fluminense, nada de novo, era o esperado.
Molon foi e, pelo jeito, sempre será um bom puxador de votos para qualquer chapa de deputados, mas sua base e penetração não alcançam ou ultrapassam as fronteiras da Zona Sul carioca, que prestigiou ontem em peso o show de arrecadação de recursos para sua campanha promovido por Caetano Veloso e sua esposa Paula Lavigne.
Já André Ceciliano, político que fez carreira na Alerj, onde exerce seu quarto mandato e ainda tem experiência de dois mandatos como prefeito de Paracambi, município da Baixada Fluminense, é conhecido como político articulador, que transita com desenvoltura entre todos os campos ideológicos e consegue mediar conflitos entre divergentes e obter soluções adequadas.
Um bom exemplo disso foi a sua eleição para a presidência da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro em meio ao caos causado pela destituição do ex-governador Wilson Witzel.
Aparentemente, com o início dos programas eleitorais de rádio e televisão, Ceciliano finalmente pode se tornar conhecido no Estado e fazer frente aos demais candidatos que possuem um recall de eleições anteriores muito maior que o seu.
A estratégia da campanha, de afirmar categoricamente que ele é o único senador de Lula no Estado, parece ter dado resultado e pode vir a surpreender Romário, que até agora navega em céu de brigadeiro. A campanha, enfim, começou.