Noblat cobra mea-culpa da mídia por crer em “Moro e seus comparsas” contra Lula

Atualizado em 29 de abril de 2022 às 19:23
Ricardo Noblat e Lula
Ricardo Noblat e Lula. Foto: Divulgação/Veja/Ricardo Stuckert

O jornalista Ricardo Noblat usou seu perfil do Twitter nesta sexta-feira (29) para cobrar um mea-culpa da imprensa por acreditar em Sergio Moro e seus aliados nos ataques contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A manifestação ocorreu um dia após a ONU concluir que a Operação Lava Jato violou os direitos políticos e civis do petista.

“Não seria o caso de a grande imprensa brasileira, e de nós, jornalistas, fazermos um mea-culpa por acreditar em quase tudo o que o ex-juiz Sergio Moro e seus comparsas nos ofereceram como prova de que Lula era um criminoso e de que fora julgado da maneira mais isenta possível?”, iniciou Noblat.

“Antes fora o Supremo Tribunal a concluir pela parcialidade de Moro, anulando suas condenações. Criticou-se o Supremo por causa disso. Depois que os demais processos contra Lula foram arquivados, então se disse que a maioria prescreveu e que a inocência dele não fora atestada”, continuou.

“Agora, o Comitê de Direitos Humanos da ONU afirma em nota oficial: “A investigação e o processo penal contra o ex-presidente Lula da Silva violaram seu direito a ser julgado por um tribunal imparcial, seu direito à privacidade e seus direitos políticos”, completou.

“Lula se diz de alma lavada com a decisão da ONU. Que tal, nós da imprensa, começarmos a lavar a nossa?”

Noblat embarcou com força no golpe contra Dilma Rousseff a ponto de lamber o saco de Michel Temer em sua festa de 50 anos de carreira. Vivia obcecado pela mulher de Temer, Marcela, supostamente para fazer graça.

Vamos ver quanto dura esse acesso de autoconsciência.

Confira os tuítes:

Lula falou sobre a decisão da ONU

O ex-presidente deu entrevista à Rádio Jornal, de Pernambuco, e falou sobre a decisão da ONU em relação ao processo da Lava Jato contra ele. A Organização das Nações Unidas reconheceu que o líder das pesquisas foi vítima de julgamento parcial e seus direitos políticos foram violados.

“A decisão da ONU mostrou a falácia contra mim, a decisão de não me deixar ser candidato, a decisão de me prender. A ONU deu um chute nisso e mostrou a pouca vergonha que foi feita para evitar que eu fosse presidente da República em 2018”, declarou.

“Eu agora não tenho que provar mais nada. Quem tem que provar é quem foi mentiroso e me acusou. Esse pessoal que me acusou induziu a imprensa brasileira a acreditar nas mentiras do Moro, nas mentiras do Dallagnol. Eu estou muito tranquilo. Quem tem que me pedir desculpas é quem me acusou falsamente, é quem mentiu a meu respeito, é quem foi leviano comigo”, completou.

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