“Não tenho uma noite de paz”, diz viúva de Marielle após 4 anos sem respostas

Atualizado em 14 de março de 2022 às 8:58
Mônica Benício, viúva de Marielle
Caso Marielle já está a 4 anos sem solução/ Foto: Reproduçãoll

Os assassinatos da vereadora Marielle Franco (PSol) e do motorista Anderson Gomes completam quatro anos nesta segunda-feira (14/3). Em entrevista ao Metrópoles, a família da parlamentar cobra que as autoridades do Rio de Janeiro aprofundem a investigação e identifiquem os mandantes do crime.

 “Posso garantir que faz quatro anos que não tenho uma noite de paz na minha vida”, afirmou Mônica Benício (PSol), a viúva de Marielle que abandonou a carreira de arquiteta para seguir os passos da ex-companheira e se elegeu vereadora em 2020.

Depois da resposta que não convenceu a família, de que Ronnie Lessa cometeu o assassinato motivado apenas por ódio, Mônica ainda tem esperança de que serão revelados os mandantes do crime.

“Não cogito a possibilidade desse assassinato não ser elucidado. Mas é desanimador, cansativo e muito preocupante chegar ao marco de quatro anos sem a resposta de quem foi que mandou a Marielle e por quê”, afirmou a vereadora.

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Quem mandou matar Marielle?

Após 4 anos, as investigações não mostram quem são os mandantes do crime. Ao longo desse tempo, houve troca-troca no comando das apurações. Três grupos diferentes de promotores ficaram à frente do caso no Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). Na Polícia Civil, o quinto delegado assumiu há pouco mais de um mês.

“Já houve a quinta troca de delegado. O que o Estado brasileiro diz hoje, enquanto não responde quem mandou matar Marielle, é que tem um grupo político capaz de assassinar como forma de fazer política e que isso é passível de impunidade”, afirmou Mônica Benício.

“Estou cansada de fazer reuniões protocolares, para instituições dizerem que estão trabalhando, mas que não podem me apresentar resultados”, completou.

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz como os assassinos de Marielle e de Anderson. Os ex-PMs, presos em penitenciárias federais fora do RJ, vão a júri popular, ainda não marcado.

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