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Nem todos envelhecem bem, é fato. Mas algumas pessoas se esmeram em piorar muito.
Luana Piovani, dando sinais de senilidade aguda, fez a seguinte declaração em recente entrevista:
“Me dava um trabalho ser cidadã no Brasil, eu tinha que postar negócio da Amazônia, dos golfinhos, do tubarão, do Leonardo di Caprio, e não sei o que mais.
Mas meu deus do céu, dá muito trabalho, não sobrava nem tempo para postar eu bonita de biquini.”
Pérola do ativismo classe média branca do eixo Curitiba – São Paulo – Rio, discursada desde além-mar.
Sim, Luana Piovani mora em Portugal, aquele país bem conduzido pela esquerda, para onde os direitistas brasileiros correram depois de terem conseguido derrubar Dilma e elegido Jair Biroliro.
Incapaz de analisar com um mínimo de razoabilidade sobre qualquer assunto que seja, a atriz prefere bancar a dona-de-casa rica e entediada, deprimida por sua condição pequeno burguesa, e justificar a ignorância em função de cansaço.
É como o ministro Abraham Weintraub que a cada escorregada grosseira com o idioma mostra-nos o ombro machucado.
No momento em que até procuradores do Ministério Público passam a defender um novo julgamento para Lula, tamanha a clareza com que hoje se vê que tudo foi um imenso plano para mantê-lo fora da corrida eleitoral, Luana Piovani tapa olhos, boca e ouvidos.
Uma das principais “celebridades globais” atuantes pelo impeachment, agora Luana faz de conta que não é com ela.
Enquanto o mundo inteiro se revolta contra a destruição amazônica provocada pelos ruralistas patrocinadores da candidatura jair-messiânica obedecendo aos estímulos do discurso bolsonarista, a atriz alega estar cansada “desse negócio de Amazônia”.
Só que “esse negócio de Amazônia” vai dar ruim para todo mundo, sabia moça? Inclusive para quem está na Europa descobrindo a vida real.
Típica inconformada com a lei Áurea, em janeiro deste ano a atriz já havia feito uma publicação no Instagram queixando-se por ter de criar os filhos sem babás desde que havia se mudado para o outro lado do oceano. “É, tá difícil ser eu…”
Pobrezinha.
Luana Piovani é uma espécie de Joice Hasselmann piorada, sem o diploma. Desesperada para não cair no ostracismo, faz uso das redes sociais em busca de revelar-se politizada, inteligente, bem-intencionada, cheia de opinião. Sem nenhuma base sólida, paga esses micos.
Veste-se de verde e amarelo e bate panela contra a democracia. Devem ser os efeitos do tempo em que frequentava o Bar do Cabral, de Luciano Huck.
Livros, que são bons, essa turma passa longe.
Sintoma inequívoco de fim de carreira, há alguns anos a atriz esteve num quadro do Faustão que tenta resgatar do limbo artistas que lá se enfiaram por incompetência pura e simples.
Na ocasião, Piovani disse: “Eu não sou formada em psicologia, mas dou muitos conselhos”.
Esse é o problema. Forme-se em alguma coisa e, sobretudo, guarde os conselhos. Por existir abilolados que os ouvem, hoje a população brasileira está sem médicos, sem escolas, sem emprego. E as pessoas não podem simplesmente fazer as malas e fugir para Portugal.
Está difícil ser você aí na Europa? Venha ser a mãe de alguma criança morta pela polícia e veja que maravilha.