José Paulo Bisol foi um ser especial, um radical na defesa da democracia, dos direitos humanos e de uma justiça e de uma segurança pública que rompessem com a cultura autoritária, desigual e excludente presente na nossa sociedade e que segue com profundas raízes no Estado brasileiro.
Esta sua coragem e determinação afetivas fez com que por muitas vezes fosse incompreendido.
Bisol graduou-se em direito pela PUC do RS, em Porto Alegre, em 1954. Dois anos depois ingressou na magistratura gaúcha.
Iniciou sua carreira política em 1982 no MDB como Deputado Estadual, foi eleito Senador em 1987 e teve um papel muito importante na Assembleia Nacional Constituinte como relator das Comissões de Soberania e dos Direitos e garantias do Homem e da Mulher, além de compor a Comissão de Sistematização, além de destacado trabalho na defesa de militares cassados pela ditadura militar.
Em 1989 já filiado ao PSB foi candidato à vice de Lula, assim como em 1994, sendo que neste ano acabou por se retirar da chapa durante o pleito.
Em 1992 teve papel destacado na CPI que levou ao impeachment de Fernando Collor.
Com a eleição de Olívio Dutra para governador do RS em 1998, assumiu a Secretaria de Justiça do Rio Grande do Sul. Em junho de 2000 filiou-se ao PT.
Após sua gestão na Secretaria de Justiça do Rio Grande do Sul em 2003, Bisol afastou-se da vida política, dedicando-se ao campo do direito.
Bisol teve três filhos com a companheira Iolanda Bisol.
Nossa solidariedade aos familiares, amigos e companheiros.
Que seu exemplo siga nos inspirando!