Novo presidente, 150 anos depois, quer abertura dos arquivos brasileiros sobre a Guerra do Paraguai

Atualizado em 16 de julho de 2023 às 9:08
O presidente eleito do Paraguai, Santiago Peña. Foto: Fabian Hamacher/Reuters

Santiago Peña, presidente eleito do Paraguai que tomará posse em um mês, afirmou em entrevista neste sábado (15) que gostaria que o Brasil abrisse arquivos sobre a Guerra do Paraguai e devolvesse equipamentos militares que estariam hoje em museus brasileiros.

Ele afirmou que não quer “reescrever a história”, mas que gostaria de uma conversa nesse sentido com o presidente Lula. “Não tenho ressentimentos, ódio ou raiva, mas acho que seria bom. Adoraria ter esse tipo de conversa com o presidente Lula, mas de uma forma positiva, não com uma reclamação”, disse Peña.

 

Pintura “A Batalha do Avaí”, de Pedro Américo, que retrata um dos mais sangrentos confrontos da Guerra do Paraguai, no dia 11 de dezembro de 1868.

O conflito militar, considerado o maior da história da América Latina, ocorreu de 1864 a 1870 e opôs a Tríplice Aliança de Brasil, Argentina e Uruguai ao Paraguai. O presidente eleito do país vizinho argumenta que seria bom não só para o Paraguai, mas para o Brasil entender o que ocorreu.

Peña tem 44 anos, é economista, e antes se eleger presidente, foi ministro da Fazenda e professor da Universidade Católica de Assunção. Ele é filiado ao Partido Colorado, uma agremiação de direita, e tomará posse no dia 15 de agosto.

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