Santiago Peña, presidente eleito do Paraguai que tomará posse em um mês, afirmou em entrevista neste sábado (15) que gostaria que o Brasil abrisse arquivos sobre a Guerra do Paraguai e devolvesse equipamentos militares que estariam hoje em museus brasileiros.
Ele afirmou que não quer “reescrever a história”, mas que gostaria de uma conversa nesse sentido com o presidente Lula. “Não tenho ressentimentos, ódio ou raiva, mas acho que seria bom. Adoraria ter esse tipo de conversa com o presidente Lula, mas de uma forma positiva, não com uma reclamação”, disse Peña.
O conflito militar, considerado o maior da história da América Latina, ocorreu de 1864 a 1870 e opôs a Tríplice Aliança de Brasil, Argentina e Uruguai ao Paraguai. O presidente eleito do país vizinho argumenta que seria bom não só para o Paraguai, mas para o Brasil entender o que ocorreu.
Peña tem 44 anos, é economista, e antes se eleger presidente, foi ministro da Fazenda e professor da Universidade Católica de Assunção. Ele é filiado ao Partido Colorado, uma agremiação de direita, e tomará posse no dia 15 de agosto.