Novos chefes das Forças Armadas querem convencer Lula a tolerar golpistas de quartel

Atualizado em 17 de dezembro de 2022 às 15:52
Bolsonaristas em frente ao QG do Exército, em Brasília. Foto: Reprodução

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) encontrou ontem, pela primeira vez, com os quatro comandantes militares que devem chefiar as Forças Armadas a partir de janeiro. A reunião ocorreu no hotel em que o petista está hospedado, em Brasília, foi articulada pelo futuro ministro da Defesa, José Múcio Monteiro.

Segundo o jornal Correio Braziliense, um dos temas tratados foi o problema que os acampamentos bolsonaristas em frente aos quartéis estão criando tanto para as Forças quanto para a segurança pública dos estados.

Os novos comandantes, porém, querem tentar convencer Lula a não agir de forma brusca contra os bolsonaristas que acampam, há quase dois meses, na porta das unidades militares do país. O assunto foi comentado de maneira superficial no encontro, que durou cerca de uma hora.

Os futuros comandantes citaram pelo menos três motivos para que a nova gestão não opte pelo enfrentamento dos protestos bolsonaristas. Segundo eles, há o risco de confronto violento com os manifestantes, o que poderia provocar uma grave crise de imagem.

Em relação aos extremistas, argumentam que o Ministério Público Federal e a Polícia Federal, com suporte do Supremo Tribunal Federal, já estão identificando as lideranças para que possam ser processadas.

Além disso, militares afirmam que as fontes de financiamento dos atos golpistas estão acabando por causa da atuação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, no âmbito do inquérito das fake news. Os acampamentos, portanto, já estariam chegando ao fim.

Por fim, os comandantes dizem que uma ação de força contra os bolsonaristas provocaria constrangimentos para quem está dentro dos quartéis.

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