O saldo de vítimas fatais das intensas chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul alcançou a marca de 55 neste sábado (4), completando o sexto dia de tempestades que devastaram mais de metade do estado. Outras sete mortes ainda estão em processo de confirmação.
Com mais de 510 mil pessoas impactadas pela tragédia, muitas aguardando socorro, e cidades devastadas, além da previsão de agravamento das inundações em certas regiões, o governador Eduardo Leite (PSDB) destacou a necessidade de um tipo de “Plano Marshall”, em alusão ao plano de reconstrução implementado pelos Estados Unidos para nações aliadas após a Segunda Guerra Mundial.
Leite enfatizou que a chegada de reforços será crucial para as diversas áreas de atuação, incluindo a identificação de corpos e a reconstrução de estradas. Entretanto, a prioridade atual é o salvamento das vítimas.
“Todas as medidas possíveis estão sendo tomadas. Mais ajuda está a caminho. Não é porque não chegou anteriormente por falta de vontade, mas porque mobilizar esses recursos demanda tempo”, afirmou em resposta às questões sobre a assistência do governo federal nesse esforço.
Municípios como Canoas e São Leopoldo, na região metropolitana da capital, enfrentam um cenário caótico, com áreas inundadas acessíveis apenas por barco e famílias isoladas aguardando por socorro.
O Aeroporto Internacional Salgado Filho amanheceu com suas pistas alagadas, sendo fechado por tempo indeterminado. O rio Guaíba atingiu seu maior nível histórico, ultrapassando os cinco metros, e a situação de transbordamento pode persistir nos próximos dias.
De acordo com a Defesa Civil, 317 municípios foram afetados pela enchente sem precedentes. O total de desabrigados chega a 13.324, alojados em abrigos providenciados pelo governo, e 69.242 desalojados.
Mais de meio milhão de pessoas foram impactadas pelo desastre, resultando em 107 feridos e 74 pessoas desaparecidas. As aulas foram suspensas em todas as 2.338 escolas da rede estadual diante da gravidade da situação.
Pela manhã, foi reportado que 350 mil residências estão sem energia elétrica no estado, e há escassez de água para 860.952 indivíduos. O número de lares sem abastecimento de água quase dobrou entre a noite da última sexta (3) e a manhã de sábado, conforme relatórios do governo.
A prefeitura de Porto Alegre suspendeu as operações de quatro das seis estações de tratamento de água da cidade, antecipando um possível racionamento nos próximos dias. O prefeito Sebastião Melo (MDB) explicou que a medida foi tomada para evitar danos aos equipamentos.
Chegamos ao Blue Sky, clique neste link