O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), decidiu que vai participar do ato convocado por Jair Bolsonaro na Avenida Paulista em 25 de fevereiro, de acordo com a coluna de Paulo Cappelli no Metrópoles. Pré-candidato à reeleição com apoio do ex-presidente, ele vai contrariar o próprio partido.
O MDB aconselhou o prefeito a não participar do ato, já que o partido faz parte de aliança nacional com o presidente Lula e o PT. Segundo o colunista Tales Faria, do UOL, a sigla acredita que a participação de Nunes no ato seria arriscada, já que a manifestação deve ter um tom antidemocrático.
Nunes será pressionado nos bastidores por bolsonaristas e o MDB, ao mesmo tempo, acredita que sua ausência pode destruir a aliança com o ex-presidente.
Investigado em uma série de inquéritos, Bolsonaro convocou o ato na última segunda (12), como uma forma de se “defender de todas as acusações”. Temendo ser preso, ele pediu que seus apoiadores “não compareçam com qualquer faixa ou cartaz contra quem quer que seja”.
Além de Nunes, outro aliado de Bolsonaro que deve ser pressionado para participar do ato é o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Ex-ministro da Infraestrutura de seu governo, ele foi apadrinhado pelo ex-presidente nas eleições de 2022.
Aliados de Bolsonaro já prometeram “empurrar” a dupla para a manifestação. Um político próximo ao ex-presidente afirmou que Tarcísio “não poderá se omitir”.