Nunes se esquiva de defender gestão Bolsonaro na pandemia: “Não sou julgador”

Atualizado em 26 de outubro de 2024 às 0:10
Guilherme Boulos e Ricardo Nunes durante o debate. Foto: Divulgação

O candidato à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL), utilizou o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) à campanha de Ricardo Nunes (MDB) para pressionar seu adversário durante o debate realizado na noite desta sexta-feira (25) na TV Globo.

Os candidatos começaram o debate discutindo temas como segurança pública, a privatização do serviço funerário da cidade e os recentes apagões que afetaram a capital paulista. Durante a conversa, Boulos trouxe à tona uma declaração de Nunes que elogiava Bolsonaro pelo manejo da pandemia da Covid-19, insinuando que o atual prefeito é contrário à vacinação.

“Vou te dar uma última chance, porque o vídeo [com a declaração do prefeito] vai subir e as pessoas vão ver que você falou isso. Bolsonaro fez ou não tudo certo na pandemia?”, questionou Boulos.

Guilherme Boulos e Ricardo Nunes durante o debate. Foto: Divulgação

“Guilherme, eu nunca mudei a minha posição de nada. Você tomou a vacina, certo?”, respondeu Nunes. “Eu tomei a vacina. A vacina que você tomou, foi o Bolsonaro que mandou pra cá. Olha… As vacinas que chegaram aqui, que ele mandou, na época ele era o presidente, nós fizemos a distribuição e São Paulo se tornou a capital mundial da vacina.”

Boulos voltou à carga: “Vou te dar a última chance. O vídeo está subindo agora. Bolsonaro fez ou não fez tudo certo?. E Nunes respondeu. “Bolsonaro enviou as vacinas pra São Paulo. Você tomou, eu tomei a vacina… Eu fiz o meu papel. Eu não sou o julgador do presidente. Como prefeito, eu tornei São Paulo a capital mundial da vacina.”

Este debate foi o terceiro e último confronto direto entre Nunes e Boulos no segundo turno da eleição para a Prefeitura de São Paulo, marcada para acontecer no próximo domingo (27). Segundo a última pesquisa Datafolha, divulgada na quinta-feira (24), o atual prefeito lidera com 49% das intenções de voto, enquanto o deputado aparece com 35%.

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