O arsenal no acampamento do MBL mostra que aquilo é uma bomba relógio. Por Kiko Nogueira

Atualizado em 13 de novembro de 2015 às 17:49
O arsenal pego no acampamento do MBL
O arsenal pego com um “manifestante” no acampamento do MBL em Brasília

 

 

Um sujeito foi preso pela PM do Distrito Federal em frente ao Congresso Nacional na noite de quinta (12). Ele estava acampado com outros manifestantes. A iniciativa é do MBL, que se instalou ali com seus militantes no dia 18 de outubro para “fazer pressão lá na porta dos políticos para o impeachment de Dilma Rousseff”.

O nome do cidadão é Jorge Luiz Damasceno, sargento reformado. Em seu carro havia: uma pistola, um soco inglês, uma corrente, luvas, sprays de mostarda, ao menos dezessete furadores de gelo e um porrete de madeira. Foi preso na Papuda por porte ilegal de armas.

O maluco faz parte de um grupelho que pede a intervenção militar. É um negócio “família, cristão, pacífico”, diz um dos “líderes”, Dom Werneck. Imagine se não fosse. De acordo com Dom, seu amigo falou que queria “matar Dilma” e jogar uma bomba no Congresso.

O MBL já se tem jurisprudência em micos de proporções bíblicas. Depois da famosa caminhada do nada ao lugar nenhum, esse camping é uma idiotice histriônica. Mais do que isso, é uma tragédia anunciada.

Inevitável que comece a chegar gente. Todo desocupado paranoico vai para lá porque um dia aparece na televisão. O sargento é apenas um.

O tal Werneck, como não poderia deixar de ser, se define como “bolsonarista”. Ele e a namorada desfilam com uma camiseta com a face do Jair estampada. Escreveu no Facebook, direto de Brasília: “AGORA É A HORA! Estoquem alimentos e combustível.” ???

No Recife, skinheads neonazistas recepcionaram a família Bolsonaro. A eterna desculpa é de que se tratava de “infiltrados”.

É a mesma ladainha usada pelo MBL com o terrorista capturado. Renan Santos — aka Renan Haas, um de seus vários nomes — gravou um vídeo em que aparece apoplético, um Collor fase supositório, afirmando que “a mídia comprada e governista tenta difamar” o movimento. Claro que denuncia também uma “arapuca” do governo. O sargento é José Dirceu disfarçado.

Renan e seus colegas não são apenas imbecis, mas imbecis e irresponsáveis. Quanto mais tempo ali, mais loucos aparecerão. Ou eles pretendem anotar nome e cpf de cada palhaço?

É curioso como esse pessoal reclama do “bolivarianismo” e da “ditadura lulopetista” enquanto faz o que quer. Quando é que as autoridades competentes tomarão alguma atitude? Imagine, apenas imagine, se você e seus amiguinhos resolvessem montar barracas em frente à Casa Branca. Cana antes do fogareiro acender.

Esses meninos não têm pais? Não tem um tutor legal? Uma babá? Ninguém trabalha? Ninguém tem conta para pagar? Ninguém estuda?

O verdadeiro papito, o Cunha, saiu para comprar cigarros na Suíça e nunca mais voltou. Eles esperam, agora, o novo messias do golpe. Está na hora de pararem de brincar com explosivos porque é perigoso.