Um sujeito foi preso pela PM do Distrito Federal em frente ao Congresso Nacional na noite de quinta (12). Ele estava acampado com outros manifestantes. A iniciativa é do MBL, que se instalou ali com seus militantes no dia 18 de outubro para “fazer pressão lá na porta dos políticos para o impeachment de Dilma Rousseff”.
O nome do cidadão é Jorge Luiz Damasceno, sargento reformado. Em seu carro havia: uma pistola, um soco inglês, uma corrente, luvas, sprays de mostarda, ao menos dezessete furadores de gelo e um porrete de madeira. Foi preso na Papuda por porte ilegal de armas.
O maluco faz parte de um grupelho que pede a intervenção militar. É um negócio “família, cristão, pacífico”, diz um dos “líderes”, Dom Werneck. Imagine se não fosse. De acordo com Dom, seu amigo falou que queria “matar Dilma” e jogar uma bomba no Congresso.
O MBL já se tem jurisprudência em micos de proporções bíblicas. Depois da famosa caminhada do nada ao lugar nenhum, esse camping é uma idiotice histriônica. Mais do que isso, é uma tragédia anunciada.
Inevitável que comece a chegar gente. Todo desocupado paranoico vai para lá porque um dia aparece na televisão. O sargento é apenas um.
O tal Werneck, como não poderia deixar de ser, se define como “bolsonarista”. Ele e a namorada desfilam com uma camiseta com a face do Jair estampada. Escreveu no Facebook, direto de Brasília: “AGORA É A HORA! Estoquem alimentos e combustível.” ???
No Recife, skinheads neonazistas recepcionaram a família Bolsonaro. A eterna desculpa é de que se tratava de “infiltrados”.
É a mesma ladainha usada pelo MBL com o terrorista capturado. Renan Santos — aka Renan Haas, um de seus vários nomes — gravou um vídeo em que aparece apoplético, um Collor fase supositório, afirmando que “a mídia comprada e governista tenta difamar” o movimento. Claro que denuncia também uma “arapuca” do governo. O sargento é José Dirceu disfarçado.
Renan e seus colegas não são apenas imbecis, mas imbecis e irresponsáveis. Quanto mais tempo ali, mais loucos aparecerão. Ou eles pretendem anotar nome e cpf de cada palhaço?
É curioso como esse pessoal reclama do “bolivarianismo” e da “ditadura lulopetista” enquanto faz o que quer. Quando é que as autoridades competentes tomarão alguma atitude? Imagine, apenas imagine, se você e seus amiguinhos resolvessem montar barracas em frente à Casa Branca. Cana antes do fogareiro acender.
Esses meninos não têm pais? Não tem um tutor legal? Uma babá? Ninguém trabalha? Ninguém tem conta para pagar? Ninguém estuda?
O verdadeiro papito, o Cunha, saiu para comprar cigarros na Suíça e nunca mais voltou. Eles esperam, agora, o novo messias do golpe. Está na hora de pararem de brincar com explosivos porque é perigoso.