Ô Bolsonaro, ô Genocida, está querendo enganar quem? Por Eric Nepomuceno

Atualizado em 24 de março de 2021 às 23:21
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Originalmente publicado em JORNALISTAS PELA DEMOCRACIA

Por Eric Nepomuceno

É estonteante, é bestificante, é aterrador o que acontece por aqui.

Nesta terça-feira, o Brasil superou a si mesmo ao registrar mais de três mil mortos pelo coronavirus.

E enquanto a gente se distraía com o Supremo Tribunal Federal restabelecendo tarde, tarde, algo de justiça, foi anunciado um pronunciamento do senhor presidente da República, Jair Messias, o Genocida, sobre o caos provocado pela pandemia. Desastre e asco totais.

A plena e soberana forma de um desequilibrado, de um mentiroso compulsivo, de uma nulidade sem limites. De um Genocida.

Lendo, com a dificuldade habitual, o texto escrito por algum imbecil da sua assessoria de mentiras, ele disparou uma saraivada de mentiras e estupidezes capaz de fazer corar um tronco de eucalipto.

Enquanto o desequilibrado falava, ou melhor, mentia e mentia, ouvia-se a maré de panelaços Brasil afora.

É pouco. É nada.

É preciso urgentemente, muito urgentemente, encontrar um meio de extirpar o Genocida do poder.

Já não importa quem virá depois. Que seja Hamilton Mourão, que não é exatamente conservador, é reacionário, mas ao menos é lúcido e cordato. Que venha quem seja.

O Genocida mente como quem respira, já disse e repeti mil vezes. E mil vezes reclamei por providências. Reclamo de novo e de novo e de novo.

É asquerosa a forma com que ele diz que o Brasil – diz, recordo, tropeçando na leitura do texto escrito vai saber por quem – é um dos países que mais vacinou no mundo.

É verdade, em termos absolutos. Mas, em termos proporcionais com relação ao número de habitantes, um dos piores.

E enquanto o psicopata, o genocida, mente e mente, e exibe cada vez mais um desequilíbrio extremo, brasileiros morrem e morrem e morrem.

No dia da escandalosamente titubeante leitura do tal texto, morreram no Brasil 3.158 pessoas. Mais de 131 por hora. Mais de dois por minuto.

O Brasil tem uns 5% da população mundial. E de cada quatro mortos por covid no mundo, um é brasileiro. Isso: 25%.

E aí aparece o Genocida num programete de televisão, cadeia nacional e tudo, e mente, mente, mente.

Basta, basta, basta.

Não há nada mais urgente nesta vida que extirpar essa besta alucinada da poltrona presidencial. Que venha quem vier, qualquer um.

Já não importa discutir o óbvio, ou seja, a culpa, imperdoável culpa, do monopólio dos grandes meios de comunicação, do silêncio poltrão das instâncias superiores de Justiça, da cumplicidade do empresariado e dos donos do capital, de quem se absteve ou votou em branco ou anulou voto, de quem quer que seja.

Ou catapultam de imediato o Genocida demente e demencial da poltrona onde ele a cada dia descansa seu traseiro, ou este país, já meio acabado, acaba de vez.

Extirpar o Genocida e seu quarteto de filhos bandidos é emergência absoluta. Os outros, seus cúmplices, canalhas todos, podem ficar para depois. Um pouquinho depois.

A urgência imediata é ele e o quarteto.

Escrevo tudo isso com duas amargas certezas. A primeira: enquanto ele continuar, continuaremos todos a contar os mortos por milhares.

A segunda: nem posso ir embora desta país devastado. Ninguém aceita brasileiros. Ninguém.