Nesta quinta-feira (7), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conduziu a 1ª Reunião do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CNCT), enfocando os avanços e desafios da Inteligência Artificial (IA) no Brasil. O encontro teve como objetivo principal elaborar uma proposta para a participação do Brasil na Conferência das Nações Unidas em setembro, destacando a posição estratégica do país.
Lula defendeu a posição estratégica brasileira, como presidente do G20 e do Brics no ano que vem, e a importância de pautar nesses fóruns a agenda do Sul Global, com as iniciativas de inovação, para ele “não podemos seguir de reboque nesta área”. Para ele, “muitas vezes a gente deixa de fazer as coisas porque pensamos demais, teorizamos demais. Precisamos pensar e agir. Precisamos de uma política concreta em inteligência artificial”.
Durante a reunião, participaram o vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), a ministra da Ciência e Tecnologia Luciana Santos (PCdoB), além de ministros, autoridades e especialistas, que debateram os caminhos para impulsionar a inovação e o desenvolvimento tecnológico.
Os temas discutidos incluíram desafios digitais, aplicações e riscos da IA, bem como seu impacto no mercado de trabalho e na integridade da informação. Destacou-se a necessidade de regulação internacional e a transição para uma economia verde e sustentável.
Participei da reunião do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia e fiz um pedido aos conselheiros e conselheiras: que o Brasil possa, rapidamente, construir uma política concreta que paute a inteligência artificial. Nos últimos dias vimos como foi importante que empresários,… pic.twitter.com/7AvlVN1Qc2
— Lula (@LulaOficial) March 7, 2024
A ministra Luciana Santos enfatizou a importância de adaptar a indústria nacional ao avanço tecnológico, citando a aplicação bem-sucedida da IA em setores como saúde e educação. Ela ressaltou a necessidade de produção nacional de IA para evitar dependência externa.
Especialistas como Roseli Figaro e Virgilio Augusto Fernandes Almeida expressaram a necessidade urgente de regulamentação da IA e a importância de uma abordagem que combine capacidades humanas com inovação, visando evitar substituições.
Durante a reunião, foram estabelecidas comissões temáticas do CNCT responsáveis pela elaboração da Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação até 2030, refletindo o compromisso do Brasil em fortalecer sua posição como líder em inovação e desenvolvimento científico.