Publicado originalmente no Tijolaço
A Casa Verde, para quem não teve o deleite de ler as peripécias de Simão Bacamarte, imaginadas por Machado de Assis no genial O Alienista, era o asilo de loucos estabelecido em Itaguaí que acabou sendo o destino generalizado, muito mais do que dos lunáticos, dos “homens de bem” da sociedade local.
Só assim para tentar entender a última “treta” governamental, a ordem de Olavo de Carvalho para que seus pupilos deixem o Governo, como reação aos “traidores” de Bolsonaro que estariam controlando seu governo. Traidores que, segundo ele, seriam os militares, que estariam “tucanizando” o governo do ex-capitão por estarem entre outras coisas, enfeitiçados pelas “luzes, câmeras e gostosas repórteres”.
“Qualquer repórter BUNDA coloca generais brasileiros de joelhos. Se for mulher, então, coloca-os de quatro”
É o guru do presidente e de seus filhos, não nos esqueçamos, alguém que jamais teve deles senão elogios e reverências.
Fosse um de nós, “esquerdopatas”, era caso de Segurança Nacional.
Mas, com Olavo e os “meninos” presidenciais, sai barato. “Beijinho, beijinho” de Hamilton Mourão e nada mais.
Nem lembra o valentão que pregava a derrubada do governo constitucional quando Dilma estava no Governo.
Estão todos falando fino.
Que Olavo de Carvalho vá para a Casa Verde, vá lá. O terrível é ver toda uma geração do Alto Comando das Forças Armadas embarcar nesta evidente sandice que se tornou o poder no Brasil.
Nunca um complemento à aposentadoria valeu submeter-se a tamanha humilhação.