A Polícia Federal cumpriu na manhã desta terça-feira (23) mais uma leva de mandados de prisões preventivas desta vez sob o âmbito da Operação Panatenaico da Justiça do Distrito Federal.
Entre os ilustres agraciados está o ex-vice-governador do DF e agora também ex-assessor especial do presidente da República, Nelson Tadeu Filippelli.
Ex-assessor porque minutos após a sua prisão, numa tentativa tanto patética quanto inútil de se desvincular da canalha que ainda lhe dá suporte, Michel Temer o exonerou do cargo.
Ao lado do advogado José Yunes e do deputado federal Rodrigo Rocha Loures, Filippelli já é o terceiro assessor diretamente ligado a Temer que é acusado de envolvimento em casos de corrupção.
E olha que estamos falando apenas de assessores especiais da presidência da República.
Desses, já seria o segundo preso se o ministro do STF, Edson Fachin, não tivesse rejeitado o pedido da Procuradoria-Geral da República que solicitou a prisão de Rocha Loures e Aécio Neves.
Ambos, Filippelli e Loures, dividiam uma sala a poucos metros do gabinete presidencial no Palácio do Planalto.
Dali mesmo, o homem de confiança para a articulação política de Temer e o cidadão da mala de dinheiro da JBS, respectivamente, cuidavam dos aspectos, digamos, mais “subterrâneos” do governo golpista.
O decreto da prisão preventiva de Tadeu Filippelli não só evidencia o nível da quadrilha que tomou de assalto a República brasileira, como vem somar-se ao já volumoso acervo de crimes e escândalos acumulados por sua turma.
Para mais além do que isso, demarca o início das prisões que começam a ocorrer dentro do mais restrito círculo de vassalos que ora habitam o Palácio do Planalto.
O cárcere chega a antessala de Michel Temer. Daqui a pouco baterá à sua porta.