O delegado empreendedor que pretendia virar minerador. Por Moisés Mendes

Atualizado em 10 de agosto de 2023 às 12:55
Anderson Torres na CPI dos Atos Antidemocráticos. Foto: Reprodução

O deputado Chico Vigilante (PT) abordou na CPI dos Atos Antidemocráticos, da Câmara Legislativa do Distrito Federal, uma faceta pouco conhecida de Anderson Torres, a de empreendedor frustrado.

O delegado, que está sendo ouvido na CPI presidida por Vigilante, nessa quinta-feira, foi questionado pelo deputado sobre o plano de investimento numa empresa de mineração.

Torres admitiu, mas enrolou para não dar explicações, e Vigilante, num vacilo, permitiu que a resposta ficasse solta, sem detalhamentos.

O delegado disse que desistiu da empreitada, apesar de ter provimento de recursos para o projeto desde 2012. Mas não acrescentou mais nada. E Vigilante desistiu da própria pergunta.

Uma busca no Google mostra que a pauta sobre o Torres empreendedor foi ignorada pelo jornalismo, apesar de o próprio Vigilante já ter abordado o assunto em maio desse ano em entrevista ao canal My News. Não há mais nada além disso sobre o plano de Torres de virar minerador.

Há informações soltas sobre uma possível sociedade do delegado com um minerador de Goiás.

Se não era minerador, como disse à CPI, onde ele faria mineração, se confirmou que o plano existia?

Por que o plano era mantido, mesmo enquanto ele ocupava o Ministério da Justiça? Por que desistiu? O jornalismo investigativo pode sair atrás das respostas.

Abaixo, link da transmissão ao vivo do depoimento de Torres na CPI.

E aqui a entrevista de Chico Vigilante.

Publicado originalmente no blog do autor

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