Um dia Napoleão explicou a um amigo que havia quatro tipos de soldados.
“Os primeiros são os burros sem iniciativa. Esses eu coloco na infantaria. Há também os inteligentes com iniciativa. Esses são meus marechais de campo. O terceiro tipo são os inteligentes sem iniciativa. Esses eu transformo em generais”, disse.
O interlocutor, então, notou que faltava um grupo. “E os ignorantes com iniciativa?”, quis saber.
Napoleão respondeu sem pestanejar: “Esses eu fuzilo”.
Por onde começaria o Corso no desgoverno Bolsonaro?
Movido por entusiasmo, inépcia e estultice em iguais medidas, um bando despreparado e sem noção vive de dar caneladas a esmo, inclusive e principalmente uns nos outros.
Em seu mísero quarto dia como presidente, Jair foi desmentido e desautorizado por dois integrantes de sua equipe com relação ao decreto para aumentar a alíquota do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
Primeiro foi Marcos Cintra, Secretário da Receita, depois Onyx Lorenzoni, chefe da Casa Civil, que afirmou que o chefe “se equivocou”.
Nunca antes na história desse país governantes produziram tantas declarações desastradas em tão pouco tempo.
Damares Alves e sua doutrinação jumento-evangélica, os três patetas dos filhos agredindo quem não deixa eles brincarem, o chanceler anão e seus delírios de grandeza, Olavo de Carvalho, o guru do cupiroquismo, o general Heleno, o colega Mourão…
A anarquia do final da ditadura militar retorna como farsa.
Para coroar a cacofonia, Bolsonaro anuncia o novo slogan: “Pátria Amada Brasil”.
Nunca Samuel Johnson foi tão adequado: “O patriotismo é o último refúgio do canalha”.
Napoleão não teria balas suficientes na baderna entusiástica de Bolsonaro.
E teria que começar, obviamente, pelo aparvalhado capitão da banda.