O destino de Michelle Bolsonaro. Por Chico Teixeira

Atualizado em 30 de junho de 2023 às 20:22
Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e Michelle Bolsonaro. Foto: Reprodução

Por Chico Teixeira

O julgamento e a sentença de inelegibilidade de Jair Bolsonaro abrem, precocemente, o debate da sucessão. O egotismo auto cultivado de B implica claramente na vontade do ex-presidente em não ter sucessor e só observar distante o naufrágio dos pretendentes.

No entanto, a dinâmica da política pode implicar em um retorno com um bonifrates – um boneco de ventríloquo – às lutas políticas. Neste sentido, o nome de Michelle B possui um auditório fiel e plenamente mobilizável. É mais firme, passa sinceridade onde Jair é impostura, em especial quando fala de “valores” cristãos.

É incompreensível a “anistia” que a mídia brasileira e a oposição deram, previamente, a Michelle B, “esquecendo” sua ficha policial e a real dissimulação em face de uma vida transparente.

Também é verdade que terá que enfrentar o Dux em ascensão em São Paulo, cada vez mais dobrando da Direita para Extrema Direita, incluindo a mistificação/mitificação de 1964; da mesma forma a figura caudilhesca, brega, e atrasada que emerge em Minas Gerais. Notemos que ambos são de outros partidos, que não o PL.

Ou seja, não estão sujeitos às manobras no interior do PL. É provável que, ainda, que Michelle B tenha oposição dos filhos de B. Em especial do temperamental Carlos.

Mas as exigências políticas podem,sim, implicar numa candidatura “Potemkin”, só de fachada, tendo o próprio B como o mestre de cerimônias. Há de salvar os “velhinhos” que num tarde de expansão de alegria depredaram Brasília.

A não cassação dos Direitos Políticos de B pode levá-lo até um cargo de ministro de Estado.

Assim, um “bonifrates” pode ser necessário inclusive para promulgar uma anistia para todos os envolvidos na política trágica de 2018-2022 incluindo o 8 de janeiro e os diversos “ajudantes” e ordenancas.

É cedo, mas foi dada a partida da corrida para suceder o “capitão”. Contudo, o posto de “Mito”, como o führer, duce, condutor, “professor” ou o “grande caudilho de Espanha” continua a esperar o renascimento de zumbis.

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