Carla Zambelli publicou um tuíte no sábado, dia 14, em referência à morte do ex-secretário-geral da Presidência Gustavo Bebianno, vítima de infarto.
Escreveu o seguinte:
“O Senhor dos Exércitos jurou, dizendo: Como pensei, assim sucederá, e como determinei, assim se efetuará. Isaías 14:24. Todos que se colocarem contra o projeto de Deus serão flechados e voltarão, naturalmente, às suas origens”.
Apagou em seguida, dada a repercussão negativa.
“Voltar às origens” é um toque extra de maldade e sabujice: foi assim que Bolsonaro falou ao ex-braço-direito quando o demitiu.
A estupidez transcende o caso de Bebianno: qualquer um que discordar do führer será “flechado”.
Zambelli casou-se há pouco numa capela dos Arautos do Evangelho. Vive citando a Bíblia, como o chefe, a quem devota fidelidade canina.
Qual o Deus de Zambelli?
Certamente mais próximo do Jeová vingativo do Velho Testamento.
Mas mesmo esse personagem não merece ser associado ao monstro que Zambelli e sua matilha evocam sem parar.
Um Deus mesquinho, vingativo, canalha, violento, mentiroso, capaz de tripudiar sobre cadáveres, ignorando filhos, pais e mães.
O Deus da deputada bolsonarista opera pelo medo, pela chantagem e pelo dinheiro.
Cospe no túmulo dos pobres. Difama, calunia, defeca sobre inimigos invisíveis, dá tiros de AK-47 porque diálogo é coisa de veado.
Não há espaço para compaixão, amor, conhecimento, sabedoria ou diálogo. Isso é fraquejada.
O Deus de Zambelli não é o do Papa Francisco, mas frequenta os templos de malafaias e felicianos.
O Deus de Zambelli é feito à sua imagem e semelhança, moldado com o barro do ódio.
E, quando Carla Zambelli O encontrar face a face, haverá de ser tratada como ela trata aqueles que não têm como se defender.
Está nos Salmos 94:1-2:
Ó Senhor, Deus vingador;
Intervém! Levanta-te, Juiz da terra;
retribui aos orgulhosos o que merecem.