O PM Fabrício José Carlos de Queiroz, que movimentou R$ 1,2 milhão em um ano, quantia suspeita para sua renda mensal de R$ 23 mil, vai ter que sair da sombra e se explicar.
Não apenas em nome da lei, mas de sua segurança e dos seus.
Fabrício, de 53 anos, trabalhava como assessor parlamentar de Flávio Bolsonaro, senador eleito pelo PSL.
O Coaf revelou um cheque de R$ 24 mil para Michelle Bolsonaro. O relatório faz parte de uma investigação que prendeu dez deputados estaduais no Rio no mês passado.
Os Bolsonaros são uma família unida.
Pai e filhos fazem tudo juntos, como o país está descobrindo de maneira tragicômica.
Jair contou a um site amigo que foi o pagamento de dívida pessoal. “Não foram R$ 24 mil, foram R$ 40 mil”, alegou.
“Foi para a conta da minha esposa porque eu não tenho tempo de sair”. Não registrou no Imposto de Renda.
Ora. JB vive se deixando fotografar nas ruas da cidade. No barbeiro, na padoca e na boca do caixa.
Por que ele emprestou e não Flávio?
Por que um sujeito que mexeu com mais de um milhão pede 40 mil e paga em parcelas?
Qual a origem da grana?
Em fotos nas redes sociais, Fabrício aparece no círculo íntimo bolsonarista, brilhando em jogos de futebol, atos de campanha e churrascos.
Policial desde 1987, já foi lotado no Batalhão Policial de Vias Especiais (BPVE).
Em 2015, um assalto que sofreu virou notícia. Carregava 2 mil reais no bolso, em espécie.
Flávio empregou familiares dele no gabinete.
Nathália, sua filha, estava lotada no de Jair na Câmara, mas deixou o cargo em 15 de outubro, mesmo dia em que o pai pediu exoneração.
O policial Fabrício tem muito a explicar. Quanto antes falar, melhor. O fato de não tê-lo feito publicamente até agora é ruim.
Sergio Moro fugiu do assunto. Dallagnol comenta sobre multas de trânsito em Nova York. Mas abafar o caso será inviável.
Neste momento, Fabrício é o homem mais procurado do Brasil.
Conhece a turma da picanha e sabe que o pessoal não é de brincadeira.