Se Bolsonaro não der certo, se Sergio Moro não sair dos 7%, se Eduardo Leite for mesmo apenas um Zé Bonitinho, a direita e a extrema direita terão de buscar outro nome.
E o nome mais à mão, mais parecido com o similar ucraniano de Volodymyr Zelensky, o novo ícone mundial do heroísmo, é com certeza Danilo Gentili. Ele pode ser, como caricatura, a via única do ultraconservadorismo que se aliou ao fascismo.
A cada aparição de Zelensky na TV, é impossível não imaginar que os ucranianos se espantem com o fato de que enfrentam uma guerra com um humorista que fazia, numa série de ficção, o papel do impostor que virou presidente.
É fácil imaginar aqui uma situação semelhante, em que Danilo Gentili apareceria na TV defendendo o Brasil do ataque das forças bélicas da Bolívia.
Se Bolsonaro não sabe controlar o preço da gasolina, é inimaginável que o genocida possa controlar uma guerra.
Mas Danilo Gentili poderia. Gentili é o que é porque tem a audiência de quem consegue rir das suas bobagens e da sua militância. O Brasil estúpido que ri de Gentili poderia tentar elegê-lo presidente.
Se a Ucrânia tem um presidente humorista, com relações comprovadas com nazistas, o Brasil também pode ter.
Danilo Gentili completaria o serviço iniciado por Bolsonaro. Gentili rebaixou o nível do humor, tem vínculos afetivos com a chinelagem do extremismo, já fez elogios a Bolsonaro e já foi admirado pelo bolsonarismo raiz. Ele daria coerência à realidade brasileira.
É esta a sugestão. Para completar o serviço, Danilo Gentili deveria disputar a cadeira de Bolsonaro, com o apoio do centrão, de grileiros, Fiesp, contrabandistas de madeira e milicianos.
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É o nosso Zelensky
Gentili pode ser a nossa versão bagaceira de Volodymyr Zelensky, com a vantagem de que o brasileiro é, pelo que se sabe da ‘arte’ do ucraniano, muito mais dedicado ao humor fascista.
E não se sabe de nenhum ataque machista de Volodymyr Zelensky às mulheres, como o nosso humorista admirado pelos tios do zap já fez com a deputada Maria do Rosário.
Danilo Gentili é o que a bagaceirada do fascismo brasileiro merece, com Marcius Melhem de vice.
Por Moisés Mendes em seu blog.