Só um milagre parece capaz de salvar os tucanos de um fiasco em 2014.
A boa notícia para o PSDB é que o partido enfim se livrou de Serra como candidato à presidência.
A má é que o substituto é Aécio.
Em tempos que exigem conduta espartana, para não dizer franciscana, Aécio projeta a imagem do playboy para o qual a prioridade são as festas e a capital eterna é a noite carioca.
Foi na volta de uma daquelas festas que ele se recusou a se submeter ao bafômetro. Mais recentemente, um vídeo o pilhou cambaleante dando uma gorjeta de 100 reais a um balconista no Rio.
Por essas coisas, e muito mais, visão social, para ele, parece estar mais ligada às colunas sociais do que aos problemas do povo.
Ele vai conseguir mudar essa imagem até as eleições? Tentará?
O PSDB precisa de um choque de renovação: ideário novo, pregação nova, prática nova. Nomes novos.
Num paralelo para o qual peço licença, a Igreja Católica precisava – precisa – das mesmas coisas.
E eis que surge o Papa Chico, andando de avião na classe econômica para o Conclave, e já como papa pegando o telefone para cancelar, ele mesmo, os jornais que reservava numa banca em Buenos Aires. E falando o óbvio: o maior problema do mundo é a desigualdade social.
Mas a vida é o que é, e a novidade tucana é Aécio.
Um brinde, então, ao mineiro carioca.