Em tour pelos estados do Nordeste com a senadora eleita Damares Alves (Republicanos-DF) desde a semana passada, a primeira-dama Michelle Bolsonaro tem dito tratar-se de uma “guerra santa” a disputa ao Palácio do Planalto entre o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu marido, o presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Não estamos falando de um político, mas de uma ideologia do bem contra o mal”, afirmou no último sábado (15), durante um culto em uma igreja evangélica na periferia de Maceió (AL). A seu lado, estava o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).
“O inferno está se levantando”, disse, referindo-se novamente ao PT.
Durante a cerimônia na capital alagoana, Michelle repetiu ameaças morais que vem permeando a campanha bolsonarista neste segundo turno. Fez menção ao “medo do comunismo” e disse que um eventual governo Lula perseguiria os religiosos – fato já desmentido pela campanha petista inúmeras vezes.
Ela também cobrou apoio de líderes religiosos locais: “Precisamos orar para que o espírito de Deus venha convencer aqueles que não se posicionaram. Triste saber que alguns líderes religiosos não se posicionaram”.
A visita da primeira-dama e de Damares ao Nordeste é vista como estratégica para a campanha de Bolsonaro, já que o atual mandatário foi derrotado em todos os novos estados no primeiro turno. A diferença para Lula na região foi de quase 40 pontos percentuais: 66%, ante 27%.
Para dar cabo à estratégia, Michelle contou com o apoio de líderes evangélicos, políticos que apoiam Bolsonaro nos estados e ministros.
Em João Pessoa, na Paraíba, ela foi acompanhada pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga; em Fortaleza, no Ceará, pelo deputado federal Capitão Wagner (União Brasil); já em Teresina, Piauí, foi a vez do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), receber a primeira-dama para um ato político na cidade.
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