O lavajatista argentino acusado de violência contra a ex-companheira. Por Moisés Mendes

Atualizado em 9 de setembro de 2024 às 7:07
O juiz argentino Gustavo Hornos – Foto: Reprodução

Gustavo Hornos é uma espécie de Sergio Moro argentino, um juiz que ganhou fama como caçador de corruptos, desde que os caçados sejam ligados ao peronismo ou ao kirchnerismo.

Hornos julgava processos contra Cristina Kirchner, como juiz do Tribunal Federal de Cassação Penal (um tribunal de segunda instância), enquanto fazia visitas ao então presidente Mauricio Macri. As visitas e a amizade entre os dois foram provadas.

Pois o justiceiro amigo da direita macrista e antikirchnerista está sob a acusação que finalmente tem derrubado machos violentos com poder. Hornos foi denunciado por uma ex-companheira por agressões domésticas, entre as quais a manipulação forçada da região genital, até provocar sangramentos.

A mulher, não identificada, relatou pelo menos seis casos de violência física e psicológica, que incluíam ameaças. O lavajatista argentino teria dito à vítima, conforme relato dela à Justiça: “Eu sou um Juiz, tenho muito mais poder do que você”.

O jornal La Nación conta que ela também informou ter sido ameaçada por um amigo de Hornos, a quem definiu como um “mafioso que trabalha em operações de inteligência”.

A mulher encaminhou a denúncia contra o ex-companheiro à Delegacia de Violência Doméstica do Supremo Tribunal Federal. Os juízes vão decidir se o caso fica na primeira instância ou se vai aos tribunais.

O ex-presidente da Argentina Alberto Fernández – Foto: Reprodução

Os argentinos já se ocupam desde o início de agosto do caso da acusação de agressões cometidas pelo ex-presidente Alberto Fernández contra a ex-mulher Fabíola Yáñez, que tramita na Justiça.

Originalmente publicado em Blog do Moisés Mendes

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