O messiânico na capa da Piauí. Por Moisés Mendes

Atualizado em 3 de março de 2024 às 20:56
Detalhe da reportagem da Revista Piauí sobre Deltan Dallagnol. Reprodução

Descobri esses dias que a banca de jornais e revistas do Cláudio, no Bomfim, não vende mais jornais. Nenhum. Nem Folha, nem Estadão, nem Globo, nem Zero Hora.

Sobraram poucos compradores de jornais impressos. Cláudio só vende revistas e livros. E a revista mais vendida na banca do Cláudio, na Jacinto Gomes, perto do Pronto Socorro de Porto Alegre, é a Piauí.

Porque a Piauí faz bem o que o jornalismo dos grandes jornais só continua fazendo de vez em quando e precariamente.

A Piauí publica grandes reportagens, como essa da edição de março sobre Deltan Dallagnol, o messiânico.

A Piauí conta como o ex-procurador moralista, agora também cassado como deputado, ficou rico e como, a partir de mensagens apreendidas pela Operação Spoofing, a revista ficou sabendo que o sujeito recorreu a um delegado da Polícia Federal para obter o passaporte da filha.

A reportagem sobre ex-procurador, ex-deputado e ex-herói da extrema direita lavajatista é assinada por João Batista Jr., Allan de Abreu, Felippe Aníbal, Lígia Mesquita, Luiz Fernando Toledo e Matheus Pichonelli.

Vale a pena comprar a Piauí nas bancas ou fazer a assinatura online. Já andei lendo que o ex-procurador ameaçou com processo alguém que reproduziu trechos da reportagem na internet.

Muita gente acha que, como detém alguma influência na Justiça das paróquias onde vivem, podem ameaçar todo mundo.

Como fazem grandes empresários sonegadores e golpistas beneficiados por decisões do juiz da cidade onde eles mandam e desmandam.

E mesmo que Dallagnol e esses sonegadores e golpistas impunes se declarem grandes defensores da liberdade de expressão.

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PROTEGENDO?
Opinião do Globo, com chamada na capa: “Israel falha ao proteger civis palestinos”.

O jornal vai dizer que a intenção era informar que o governo neonazista de Netanyahu não consegue evitar a morte de palestinos na guerra contra o Hamas.

Por que o título saiu então com essa formulação? Como falha? Quem acredita que o neonazista pretenderia proteger as crianças palestinas e estaria falhando nessa missão?

Como a formulação torta do título do editorial, o jornal tenta enganar seu leitor. Israel protegendo quem Netanyahu deseja exterminar?

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