Todos os jornalistas que têm abordado o vazamento dos arquivos usados contra Alexandre de Moraes pela Folha, desde a semana passada, convergem para uma suspeita que vai se consolidando.
As informações passadas para a Gangue do Santo Rito, chefiada por Glenn Gleenwald, seriam do celular do ex-perito do TSE Eduardo Tagliaferro, interlocutor de servidores do STF.
O celular foi retido por seis dias, em maio do ano passado, pela Polícia de São Paulo. Abriram o celular do sujeito e entregaram os arquivos com as trocas de mensagens a Gleenwald? Ele mesmo entregou?
O jornalista Rodrigo Vianna escreveu a respeito dos ritos reclamados pela Folha, nas atitudes de Moraes, e sobre a prisão do ex-perito e fez as seguintes observações:
“Circulam nas redes sociais vídeos em que Tagliaferro participa de programas na rádio de extrema direita paulista Jovem Pan, defendendo o uso e porte de armas. Quem conhece Tagliaferro mais de perto diz que ele não tem um perfil de gestor comprometido com temas da democracia e estranha que ele tenha integrado um gabinete estratégico — que investigava postagens golpistas”.
E Vianna continua: “O que importa é que, um ano e três meses depois da prisão e apreensão do celular, as mensagens vazaram, numa operação midiática que tem como objetivo claro enfraquecer Moraes e anistiar o líder extremista Jair Bolsonaro”.
E aí se repete a pergunta aquela: como abrem o celular de todo mundo, incluindo o de Alexandre Ramagem, ex-chefe de arapongas, e até o aparelho de um perito em falcatruas e fake news do TSE, e não conseguem abrir os dois celulares do véio da Havan, apreendidos há exatos dois anos, durante o governo Bolsonaro, pela Polícia Federal?
Publicado originalmente no “Blog do Moisés Mendes”