O PT vai propor revogação da reforma trabalhista no programa da federação

Anteriormente, um documento preliminar indicava uma revisão da reforma trabalhista, mas foi alterado após discussões na reunião do diretório nacional do partido, ontem.

Atualizado em 14 de abril de 2022 às 8:37
Lula deve fazer uma revogação da reforma trabalhista
Ex-presidente Lula
Foto: Reprodução

Na última quarta-feira (13), foi debatida a revogação da reforma trabalhista pelo Partido dos Trabalhadores, a instaurada no governo Temer, em 2017, embora Lula enxergue problemas na decisão.

Anteriormente, um documento preliminar indicava uma revisão da reforma trabalhista, mas foi alterado após discussões na reunião do diretório nacional do partido, ontem. A opção pela palavra “revogação” teve apoio de todas as correntes do partido, inclusive a de Lula.

O argumento para a tomada da decisão é que a reforma trabalhista antes feita é nociva em geral, e que o termo revisão apenas suavizaria os problemas. Além disso, o candidato a presidência diz que pretende retomar direitos trabalhistas que foram perdidos, além de visar a luta sindical.

“O PT defende uma nova proposta de reforma trabalhista que seja mais moderna, inclusiva e que resgate os direitos históricos dos trabalhadores. E por isso a revogação. Hoje, temos outros agentes no mundo do trabalho que surgiram com as novas tecnologias”, diz Jilmar Tatto, secretário de comunicação do PT e membro do diretório nacional.

Lula deve incluir trabalhadores de aplicativo na nova reforma

Lula deve incluir trabalhadores de app na reforma
Trabalhadores de app
Foto: Reprodução

Na discussão para os futuros da reforma trabalhista, o PT já discutiu a inclusão de trabalhadores de apps. Com 1,4 milhão de membros, os trabalhadores por app são descritos pelo partido como a maior categoria profissional do Brasil.

A decisão tem por parte influência da atual reforma trabalhista feita pela presidenta Yolanda Diaz, na qual a Espanha, em apoio com empresários locais, na fez a regularização dos trabalhadores por app, pois alegaram que as plataformas praticavam concorrência desleal por não pagarem impostos.

Edinho Silva (PT), prefeito de Araraquara e coordenador do plano de governo da candidatura de Fernando Haddad (PT) participou das discussões. Seu governo ajudou na criação de cooperativas de trabalhadores por aplicativo na cidade, e uma delas lançou um aplicativo próprio, o Bibi Mob, que retorna mais de 90% do valor da corrida para os motoristas.

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