De acordo com o mais recente Relatório Global sobre Felicidade de 2023, a Finlândia foi eleita, em março desse ano, o país mais feliz do mundo, pela sexta vez consecutiva.
O ranking elaborado pela Organização das Nações Unidas tem sua pesquisa baseada na avaliação da vida medida pela Escada de Cantril, ou seja: uma escala numerada de zero até dez, de baixo para cima. O topo representa a melhor vida, e a parte de baixo, a pior vida.
Nessa pesquisa, a Finlândia aparece em primeiro lugar, seguida pela Dinamarca em segundo e Islândia em terceiro. O Brasil aparece apenas no 49º lugar. O Afeganistão continua ocupando o último lugar – 137º, a mesma posição desde 2020.
O que torna a Finlândia o país mais feliz?
A menor desigualdade de renda salarial, níveis altíssimos de assitência social, liberdade na tomada de decisões e baixos níveis de corrupção são alguns dos fatores que tornam os finlandeses os seres humanos mais felizes do mundo.
Além desses motivos, outros atributos do país que influenciam as pessoas a se sentirem mais felizes são seu sistema público de saúde, que é altamente descentralizado, e o setor privado de saúde é pequeno. Seu transporte público é barato e confiável, e o aeroporto em Helsinque é conceituado como o melhor do norte da Europa.
Outros lugares em comparação com a Finlandia
Alguns outros país, como a Noruega e a Hungria, por exemplo, apresentam similaridade na desigualdade de renda salarial, mas mesmo assim, os finlandeses são mais felizes. Por que?
Os 10% das pessoas mais bem pagas na Finlândia levam em torno 33% de toda a renda do país, já no Reino Unido, o mesmo grupo ganha 36% e nos Estados Unidos, 46%, segundo o Banco de Dados da Desigualdade Mundial. Nos países mais desiguais sobra muito menos para o restante das pessoas, fazendo com que quanto maior o número de pessoas ricas, maior é o temor desses ricos.
Além disso, a liberdade também tem muita importância para as pessoas. O que explica por que a Turquia e a ìndia apresentam níveis de feliciade abaixo do que se poderia prever com seus niveis de desigualdade econômica.
Há um provérbio finlandês que se adequa à situação do país: Onnellisuus on se paikka puuttuvaisuuden ja yltälkylläisyyden välillä — a felicidade é um lugar que fica entre o pouco e o demasiado.