O que Bolsonaro defende quando defende Macri? O desastre. Por Oiticica, de Buenos Aires

Atualizado em 4 de maio de 2019 às 14:48
Bolsonaro e Macri

Ao defender o governo de Mauricio Macri, Jair Bolsonaro está na verdade defendendo:

– Isenção total de impostos para setores concentrados da economia, como o do agronegócio e o da mineração.

– Aumentos de mais de 2 000% nas tarifas administradas pelo governo, como transporte, energia elétrica, água e gás.

– Reforma previdenciária que não apenas estabeleceu mais anos de trabalho para os trabalhadores, mas também modificou a fórmula de cálculo das aposentadorias, provocando uma perda real no valor do benefício de 17%, somente no ano passado.

– Eliminação de direitos como a entrega de medicamentos grátis aos idosos e de notebooks aos alunos da rede pública de ensino.

– Endividamento externo recorde para pagamento de gastos correntes, fuga de capitais e bicicleta financeira, que levou a Argentina a perder totalmente o acesso a crédito no exterior.

– Subordinação ao FMI como tábua de salvação, organismo que vem financiando uma fuga recorde de dólares e exigindo como contrapartida políticas de ajuste duríssimas.

– Inflação de 54% nos últimos 12 meses, problema que Macri jurava ser muito fácil de resolver quando estava em campanha.

– Interferência direta no Poder Judiciário, com apoio do Grupo Clarín e de jornalistas amigos, o que inclui operações de inteligência, chantagens, ameaças e extorsões a juízes considerados “inimigos”.

– Fechamento de mais de 6 mil pequenas e médias empresas.

– Desvalorização recorde do peso argentino.

– Redução do valor do salário mínimo de 650 dólares para 242 dólares em três anos e meio de governo.

– Aumento do desemprego.

– Aumento da pobreza.

– Queda recorde no consumo.

– Queda recorde na produção industrial.

Nunca foi tão bem aplicado: diga-me quem defendes, que te diremos quem és.