O que dizem ministros do TSE sobre denúncias de Boulos contra Marçal, Tarcísio e Nunes

Atualizado em 31 de outubro de 2024 às 17:14
Guilherme Boulos (PSOL) e Pablo Marçal (PRTB) durante debate. Foto: Reprodução

O pedido de inelegibilidade protocolado pelo deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) contra Ricardo Nunes (MDB), prefeito de São Paulo, tem poucas chances de gerar uma condenação contra o bolsonarista, segundo ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O emedebista foi denunciado após o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) associá-lo ao PCC (Primeiro Comando da Capital).

Segundo a Folha de S.Paulo, magistrados avaliam, nos bastidores, que a declaração de Tarcísio teve pouco impacto sobre o resultado final da eleição. Eles apontam que a inelegibilidade seria uma punição desproporcional à declaração do governador.

Durante coletiva de imprensa no último domingo (27), dia do segundo turno, o governador afirmou que existia um “salve” de criminosos do PCC orientando voto em Boulos. Ministros avaliam que Tarcísio errou ao divulgar a informação falsa, mas que uma punição grave é improvável no caso.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), durante coletiva de imprensa no último domingo (27). Foto: Reprodução

Boulos protocolou duas ações na Justiça Eleitoral contra o bolsonarista, a primeira delas é uma Aije (ação de investigação judicial eleitoral) que pede a inelegibilidade de Tarcísio, Nunes e Mello Araújo (PL), vice do prefeito, por oito anos, além da cassação do diploma da chapa.

A segunda denúncia é uma notícia-crime solicitando a abertura de um inquérito contra o governador. O relator do caso no TSE é o ministro Kassio Nunes Marques, vice-presidente da corte eleitoral.

Os ministros do tribunal eleitoral acreditam que as ações de Boulos contra o ex-candidato Pablo Marçal (PRTB) têm mais chances de avançar, principalmente a que trata do laudo falso divulgado pelo ex-coach às vésperas do primeiro turno. O caso está no TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) e pode ser enviado futuramente ao TSE.

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