O pedido de inelegibilidade protocolado pelo deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) contra Ricardo Nunes (MDB), prefeito de São Paulo, tem poucas chances de gerar uma condenação contra o bolsonarista, segundo ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O emedebista foi denunciado após o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) associá-lo ao PCC (Primeiro Comando da Capital).
Segundo a Folha de S.Paulo, magistrados avaliam, nos bastidores, que a declaração de Tarcísio teve pouco impacto sobre o resultado final da eleição. Eles apontam que a inelegibilidade seria uma punição desproporcional à declaração do governador.
Durante coletiva de imprensa no último domingo (27), dia do segundo turno, o governador afirmou que existia um “salve” de criminosos do PCC orientando voto em Boulos. Ministros avaliam que Tarcísio errou ao divulgar a informação falsa, mas que uma punição grave é improvável no caso.
Boulos protocolou duas ações na Justiça Eleitoral contra o bolsonarista, a primeira delas é uma Aije (ação de investigação judicial eleitoral) que pede a inelegibilidade de Tarcísio, Nunes e Mello Araújo (PL), vice do prefeito, por oito anos, além da cassação do diploma da chapa.
A segunda denúncia é uma notícia-crime solicitando a abertura de um inquérito contra o governador. O relator do caso no TSE é o ministro Kassio Nunes Marques, vice-presidente da corte eleitoral.
Os ministros do tribunal eleitoral acreditam que as ações de Boulos contra o ex-candidato Pablo Marçal (PRTB) têm mais chances de avançar, principalmente a que trata do laudo falso divulgado pelo ex-coach às vésperas do primeiro turno. O caso está no TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) e pode ser enviado futuramente ao TSE.
Conheça as redes sociais do DCM:
⚪️Facebook: https://www.facebook.com/diariodocentrodomundo
?Threads: https://www.threads.net/@dcm_on_line