Na reta final da campanha eleitoral dos Estados Unidos, brasileiros residentes no país revelam suas motivações para apoiar a reeleição do ex-presidente Donald Trump. Entre os principais temas apontados estão economia, segurança e imigração, questões que pesam fortemente na decisão de brasileiros como Karinne Cristina de Melo Silva e Elias Corrêa de Oliveira Junior, entrevistados pro Jamil Chade, no Uol, e que defendem a liderança de Trump para o futuro do país.
Karinne, de 46 anos e moradora de Nova York desde 2000, votará pela primeira vez nas eleições estadunidenses como cidadã. Sua escolha, afirma, se alinha com os valores que a fizeram optar pelo Partido Republicano.
Para votar em Trump, ela menciona a economia estável durante o governo de extrema-direita, apesar da pandemia, e elogia a postura do candidato quanto à Primeira Emenda, que assegura a liberdade de expressão nos EUA. “Trump se posiciona fortemente a favor da primeira emenda, que é a base da Constituição”, destacou.
Além da questão econômica, Karinne se opõe a agendas progressistas, como as políticas de inclusão para pessoas trans nos esportes femininos e a regulamentação do aborto. Como Trump, acredita que as políticas de aborto deveriam ser decididas em âmbito estadual, respeitando a vontade de cada população local.
Já sobre a questão de segurança, Karinne acredita que o governo Trump contribuiu para uma paz mais estável, sem envolvimento dos EUA em novos conflitos internacionais. “Durante o governo Trump não tivemos nenhuma guerra, e acredito que Trump seja um líder forte e respeitado pelos demais líderes mundiais”, afirmou, criticando o governo de Joe Biden pela situação atual. “No governo Biden, iniciaram-se muitas guerras que estão custando muito aos contribuintes americanos”.
A imigração também é um tema central para Karinne, por mais que pareça contraditório. Ela vê no discurso de Trump uma defesa contra o fluxo imigratório ilegal que, segundo ela, causa impactos sociais e econômicos negativos, especialmente em Nova York.
“Precisamos fechar as fronteiras e rever as políticas de imigração”, defende, esclarecendo que, como imigrante legal, não vê o discurso de Trump como ataque à sua condição. “Participei no comício de Trump no Madison Square Garden e posso afirmar com propriedade que havia pessoas de todos os países, raças e religiões”.
Elias, de 50 anos e empresário no setor de construção, compartilha de uma visão similar sobre o impacto da reeleição de Trump para o setor econômico. Ele relata como a política de tarifas protecionistas de Trump, especialmente contra produtos chineses, salvou sua empresa.
“Minha empresa faz pia para cozinha e banheiro, e os chineses estavam trazendo o produto pronto para o mercado americano. Trump entrou, colocou 300% de impostos e segurou. Minha empresa começou a respirar, empregar mais gente”, relembrou Elias, que vota no ex-presidente por acreditar que um governo de Trump impulsionará o emprego e as oportunidades para pequenos e médios empreendedores nos EUA.
Para Elias, o discurso de Trump sobre imigração é uma estratégia política mais que uma postura pessoal, algo que não o incomoda. “É um cara muito inteligente. Muita gente inteligente não cai nesse discurso. É mesmo uma estratégia para ganhar a eleição e conseguir alguns votos”. Além disso, Elias acredita que Trump oferece mais segurança nacional e econômica aos EUA, um país que considera “amado por alguns e odiado por muitos”.
Quanto ao impacto da vitória de Trump no Brasil, ambos entrevistados concordam que o retorno do ex-presidente representa uma mensagem de liderança conservadora forte. Para Karinne, a reeleição de Trump sinalizaria “uma liderança conservadora forte; que preza pela alternância de poder e pela democracia”. Já Elias vê a vitória como uma inspiração para que os brasileiros pensem mais cuidadosamente antes de votar.
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