Com o Graph Serch, o site de Mark Zuckerberg pretende roubar o trono do Google.
O Facebook anunciou, na semana passada, a sua nova ferramenta de buscas — o Graph Search. Aqui no DCM nós já havíamos feito esta aposta em setembro. E acertamos em bastante coisa. Afinal, se o Google quer concorrer com o Facebook nas redes sociais, nada mais natural do que o site de Mark Zuckerberg retribuir a gentileza, certo? Além disso, o lançamento desta ferramenta é muito importante para a empresa, que se encontra em problemas desde sua abertura na bolsa de valores, onde chegou a perder mais que a metade de seu valor em alguns dias.
Antes de mais nada, vou explicar como o Graph Search funciona. A princípio nada vai mudar no layout do Facebook. As pesquisas continuarão na barra superior do site, como é feito hoje. Quanto aos resultados, eles serão diferentes àqueles encontrados no Google. Isso porque o Graph Search é uma busca, digamos assim, social. Em vez de procurar informações em páginas externas, ela vai analisar os posts e dados dos seus amigos virtuais.
Exemplo? Você pode ir atrás de “Loiras de 20 anos que moram perto de mim” ou “Dentista preferido dos meus amigos”. E caso ele não encontre nada, te dará opções do Bing, o sistema de buscas da Microsoft.
Pode-se dizer, então, que o Graph Search é uma espécie de serviço complementar ao Google. Se você quer uma receita de drink ou notícias sobre o seu time, por exemplo, o gigante das buscas continuará sendo a melhor opção. Agora, se você está atrás de uma sugestão de bar ou restaurante, o que poderia ser melhor do que posts dos seus amigos com fotos e opiniões dos estabelecimentos? Pois é. Bem melhor do que confiar na crítica de um site X sugerido pelo Google.
O Graph Search tem um imenso potencial de sucesso exatamente por essa razão: o database são os seus amigos. Então cada like, comentário ou foto só aumentará a capacidade e a quantidade de conteúdo da ferramenta, que com o passar do tempo ficará cada vez mais inteligente.
Agora, como a versão beta do Graph Search ainda não foi liberada, restam dúvida em relação ao serviço. A primeira — e mais importante — é se terá versão em português. É provável que sim, uma vez que o Brasil é o segundo maior mercado mundial do Facebook. Em segundo vem a privacidade: quanto eu poderei me esconder desse sistema de buscas? Espero que totalmente, se for meu desejo. E, por último, quando ele vai ao ar? E o aplicativo de smartphones contará com este recurso? São questões que apenas o tempo responderá.