O que explica a vitória de Trump ‘de lavada’ nos EUA

Atualizado em 6 de novembro de 2024 às 12:57
Donald Trump, reeleito presidente dos Estados Unidos. Foto: reprodução

Além do resultado, a vitória de Donald Trump nas eleições estadunidenses, confirmada nesta quarta-feira (6), surpreendeu pela superioridade ante a candidata democrata, Kamala Harris. A apuração dos votos mostra que Trump venceu tanto na maioria do Colégio Eleitoral quanto no voto popular. A conquista coloca o republicano de volta à Casa Branca após uma disputa intensa e marcada por resultados inesperados em estados tradicionalmente democratas.

Nos Estados Unidos, o processo eleitoral depende do Colégio Eleitoral, onde os estados designam delegados que votam em bloco no candidato mais votado em seu território. Para vencer, um candidato precisa somar pelo menos 270 delegados, e Trump superou essa marca ao conquistar todos os sete estados considerados decisivos: Carolina do Norte, Geórgia, Wisconsin, Michigan, Arizona, Nevada e Pensilvânia. Esses estados são voláteis em cada eleição, atraindo assim a maior parte da atenção da mídia e dos analistas políticos.

Kamala Harris, candidata do Partido Democrata e ex-vice de Joe Biden, liderava as pesquisas de intenção de voto em âmbito nacional, mas o cenário era de empate técnico nos estados-chave.

Analistas previam que esses territórios pudessem decidir a eleição por margens apertadas, como aconteceu em 2016, quando Trump venceu Hillary Clinton no Colégio Eleitoral, apesar de ter perdido no voto popular. Porém, ao contrário das projeções que indicavam uma disputa acirrada, Trump obteve uma vitória folgada.

Como cada estado votou para presidente nos EUA. Foto: reprodução Google

Nos últimos dias da campanha, os republicanos concentraram esforços em Wisconsin, onde Trump havia perdido por uma pequena margem para Biden em 2020.

O estado, que acolheu a Convenção Nacional Republicana, teve uma importância estratégica na reeleição do candidato republicano. Com uma mudança significativa de apoio, principalmente entre eleitores dos subúrbios de grandes centros urbanos, a vitória em Wisconsin contribuiu decisivamente para o número de delegados necessário.

Além de Wisconsin, Trump superou seu desempenho de 2020 em estados democratas como Virgínia, Minnesota e Novo México. Embora Harris tenha mantido a liderança nesses territórios, a vantagem foi bem menor que o esperado, sinalizando uma queda de apoio ao Partido Democrata. Nos subúrbios, onde a preferência pelo partido de Kamala é geralmente mais consolidada, o republicano conquistou mais eleitores do que o previsto, especialmente em centros como Kansas City, Phoenix e Nova Orleans.

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