O que mais falta Bolsonaro fazer? Até quando?
Nesta quinta, dia 24, em mais um comício promovido pela máquina federal, desta vez no Rio Grande do Norte, ele atentou contra a vida de crianças.
Primeiro, no palco, acenou rudemente para que uma menina retirasse a máscara de proteção contra a Covid-19. A poeta mirim Fábia Larissa Dantas, de 10 anos, se preparava para uma apresentação de boas-vindas ao sujeito.
Mais tarde, no meio de uma aglomeração criminosa, arrancou a proteção facial de um menino que pegou no colo.
Bolsonaro estava numa “visita técnica” à Barragem de Oiticica, em Jucurutu.
Os casos registrados da doença no estado já passaram de 328 mil, com 6,5 mil mortos. No Brasil, estamos enterrando mais de 502 mil pessoas agora.
O que ele quer é chamar, desesperadamente, a atenção num momento em que está acuado pela CPI, pelo escândalo da Covaxin, pela sucessão de más notícias acumuladas.
Não vai conseguir mudar seu destino, o impeachment ou a derrota nas urnas — por isso mesmo, vai acelerar rumo ao abismo, levando junto quem puder.
A ideia é matar o maior número de brasileiros, os quais, fica claro, despreza.
Vamos esperar ele dar um tiro num menino? É isso?
O livro “O Fim do Terceiro Reich”, de Ian Kershaw, fala de como a Alemanha foi aniquilada sem uma rendição de Hitler quando tudo já estava irremediavelmente perdido.
No bunker, o führer esperava um milagre — uma bomba atômica, mais exatamente — e insistia em seu delírio porque prometeu jamais retomar a capitulação “covarde” de 1918.
Ditou seu testamento dizendo que seu autossacrifício serviria para o nazismo renascer. Exortava a população dizimada a continuar lutando em seu nome.
É necessário prender Bolsonaro antes que a história se repita como farsa — e sem o suicídio porque o sentido de honra nunca passou perto do bunda suja.