Nesta segunda-feira (4), durante a abertura da 4ª Conferência Nacional de Cultura, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) falou sobre seu posicionamento em relação à guerra entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza.
Para o petista, o tempo vai provar que ele estava certo em suas declarações, principalmente em relação às críticas ao governo de Benjamin Netanyahu pelas ações militares no local de conflito.
“Há dias atrás como eu apanhei por falar da Palestina. O tempo vai provar que eu tava certo. Você não pode fazer o que foi feito. Anunciar comida e mandar torpedo, mandar bala para matar aquelas pessoas”, comentou Lula, sobre as reclamações que tem ouvido por comparar o que acontece atualmente ao Holocausto da Alemanha nazista contra os judeus no século passado.
No evento de hoje, o chefe do governo brasileiro posou ao lado da ministra da Cultura, Margareth Menezes, exibindo a bandeira da Palestina.
Presidente Lula participa da abertura da 4ª Conferência Nacional da Cultura https://t.co/J9NtmN4VD8
— Lula (@LulaOficial) March 4, 2024
Em fevereiro, durante viagem que fez à Etiópia, o presidente fez uma comparação entre os ataques de Israel contra a Faixa de Gaza e o Holocausto. As falas foram duramente criticadas pelo governo de Netanyahu.
“O que está acontecendo na Faixa Gaza não existe em nenhum outro momento histórico, aliás, existiu, quando Hitler resolveu matar os judeus”, afirmou.
Já na semana passada, Lula voltou a chamar de “genocídio” a ofensiva israelense contra Gaza, quando se manifestou na 46ª Cúpula de Chefes de Governo do Caribe, na Guiana.
“O genocídio em Gaza afeta toda a humanidade porque questiona o nosso próprio senso de humanidade e confirma uma vez mais a opção preferencial pelos gastos militares em vez de investimentos no combate à fome na Palestina, na África, na América do Sul e no Caribe”, pontuou o brasileiro.