Quinze de maio de 2019 já entrou para a história como o dia em que milhares de pessoas em mais de duzentas cidades brasileiras foram às ruas em defesa da educação pública, em um movimento encabeçado pelos estudantes e professores – sempre eles – que dão Brasil um respiro de esperança em um governo de sucessivas tragédias.
O protagonismo dos estudantes e professores na resistência ao bolsonarismo anti-ciência é, aliás, um sintoma de que a educação brasileira resiste. É a prova cabal de que, apesar de Bolsonaros, Moros e Olavos, nós ainda estamos aqui.
O Brasil construído por Lula e Dilma não ruiu – ele foi apenas temporariamente vencido. Ainda que, por ora, impere a barbárie, o Brasil da educação está mais do que vivo.
Em todos os anos de governo do PT, em termos reais, houve aumento exponencial nos investimentos em educação. Entre 2008 e 2013, por exemplo, os investimentos quase dobraram: de 66,7 bilhões para 126,7 bilhões.
Foi também nos governos Lula e Dilma que o pobre finalmente teve acesso à Universidade, com programas como ProUni e FIES. Quer queiram os antipetistas, quer não, os governos Lula e Dilma revolucionaram a educação no Brasil. E o resultado está aí.
Não é espantoso que as ruas do Brasil tenham sido tomadas em defesa do conhecimento e da ciência, mesmo em um governo caótico. É isso que acontece quando um país forma cidadãos que pensam. O tsunami da educação só prova que Lula e Dilma fizeram um ótimo trabalho.
Quem são, afinal, as pessoas que hoje se levantam pela educação?
São aquelas pessoas que, no passado, ascenderam através da educação. São as pessoas que tiveram a oportunidade antes inimaginável de pisarem em uma universidade pública. São os professores que, algum dia, já experimentaram a sensação de terem sua profissão valorizada.
Quem luta pela educação, hoje, é quem sabe que o Brasil é melhor do que isso. Não somos o Brasil da ignorância e das Fake News: somos o Brasil dos professores que vão às ruas, das Universidades públicas que são responsáveis por 90% da pesquisa científica do país – muita balbúrdia! -, dos mais de treze milhões tirados do analfabetismo nos governos Lula e Dilma.
Nunca é demais lembrar que, não fossem os idiotas úteis da FIESP, teríamos hoje um presidente que tinha como lema um livro numa mão e a carteira de trabalho na outra.
Em outubro de 2018 a ignorância venceu, mas isso não precisa ser uma sentença. Nós ainda podemos retomar o Brasil que queremos. A semente plantada em treze anos de governos que priorizavam a educação continuará germinando e dando frutos nas próximas décadas.