“O Twitter é uma privada digital”: em depoimento ao DCM, Frota diz por que desistiu das redes sociais

Atualizado em 16 de setembro de 2020 às 7:53
Deputado Alexandre Frota (PSDB-SP) Foto: Divulgação

O deputado Alexandre Frota mandou o seguinte depoimento a Pedro Zambarda, do DCM:

Há 1 ano, excluí a página do Facebook com quase 2 milhões de seguidores, o Instagram com 210 mil e o Twitter com 360 mil.

Depois disso fiz uma segunda conta no Twitter em que vinha operando de maneira tímida.

O Twitter virou uma privada digital cheia de guerreiros virtuais anônimos, covardes não metem a cara mas gostam de opinar em tudo das nossas vidas — fora ameaças, xingamentos.

Virou um tribunal em que te julgam, te condenam, inventam provas fakes, fazem de tudo.

Cansei dessa gente. E outra: ficam bisbilhotando sua vida, opinando o que você deve ou não fazer. Gente chata.

E outra: quem gosta de seguidores é o Edir Macedo o RR Soares. Pouco me importo com seguidor, like, ativar sininho, chega.

Vivo bem sem Insta e Facebook. Com Twitter, não será diferente. Liberdade não tem preço.

As redes sociais têm um impacto doentio na vida dos usuários, vc não percebe o quanto se torna dependente.

E ainda, de certa forma, prejudicam a democracia.

Facebook envelheceu, não se reinventou, mas os haters estão lá. No Insta todo mundo é feliz, não tem problemas nem contas para pagar, não tem nem pandemia.

E o Twitter é a pior das redes: todos são entendidos em tudo, todos são políticos e todos, atrás do anonimato, se tornam gigantes valentes e folgados.

Vou viver minha vida sem ter que dividir nada com ninguém. Tem muita gente má, invejosa, incapaz, mas que gosta de falar.

A língua é o chicote da vida.