Hoje (6), Michael Ryan, diretor-executivo do programa de emergências em saúde da OMS, disse que o surgimento de novas variantes do coronavírus é extremamente possível, ao ser questionado se a ômicron poderia ser a última cepa do Sars-CoV-2.
“Podemos ter esperança (de ser a última variante), mas não fazemos o suficiente para evitar novas”, afirmou Ryan.
O diretor-executivo lembrou que bilhões de pessoas ainda não se vacinaram e que isso é um fator importante, já que colabora para mudanças no vírus.
A líder técnica do programa de emergência da Covid-19, Maria Van Kerkhove, disse que a falta da vacinação mundial é um grande risco para o surgimento de novas variantes.
“Quanto menos esse vírus circular, menos oportunidade de mudar. Portanto, se vacinar é crucial, é importante”, afirmou.
Tedros Adhanom, diretor-geral da OMS, disse que, com a taxa atual de vacinação, “109 países não atingirão a meta de vacinar toda a população até o início de julho de 2022”.
Leia mais:
1- Médicos querem abertura de processo contra Marcelo Queiroga
2- Bolsonaro volta a acusar Moro, seu ex-capanga: “Covardia”
3- Médico que perdeu filha para a Covid comemora vacinação infantil: “Pode salvar a vida das pessoas”
Ômicron é menos severa, mas não deve ser classificada como leve
Adhanom, também destacou que mesmo que “a ômicron pareça ser menos severa do que a delta, isso não quer dizer que ela deve ser classificada como leve”. “Assim como nas variantes anteriores, a ômicron está causando hospitalizações e mortes”, afirmou.
O contágio rápido da ômicron já é visto em todo o mundo com o aumento de casos de Covid-19 em várias regiões do planeta.
No Brasil, já existe uma grande procura por atendimento médico decorrentes da alta de casos de gripe e Covid. Além disso, a média móvel de infecções de Covid-19 cresceu 223% em relação aos dados de duas semanas atrás.