As agências humanitárias da ONU revelaram um relatório na manhã desta quarta-feira (15) sobre a situação na Faixa de Gaza. De acordo com os registros, a região vive uma carnificina e até o final do dia, 70% dos 2,2 milhões de habitantes da região não terão acesso à água potável.
“A UNRWA recebeu hoje pouco mais de 23.000 litros de combustível para a Faixa de Gaza sitiada. As autoridades israelenses restringiram o uso desse combustível apenas para transportar a pequena ajuda vinda do Egito”, disse a entidade, por meio Agência da ONU para Refugiados Palestinos (UNRWA), publicada pelo colunista do UOL, Jamil Chade.
Israel, por sua vez, não autoriza que a ONU envie combustível para auxiliar a população civil com a justificativa de Gaza de que isso poderia servir para abastecer o Hamas. Ou seja, apenas concessões limitadas são feitas pelo governo de Benjamin Netanyahu.
“Esse combustível não pode ser usado para a resposta humanitária geral, inclusive para instalações médicas e de água ou para o trabalho da UNRWA. É terrível que o combustível continue a ser usado como arma de guerra. Nas últimas cinco semanas, a UNRWA tem implorado para conseguir combustível para apoiar a operação humanitária em Gaza. Isso paralisa seriamente nosso trabalho e a prestação de assistência às comunidades palestinas em Gaza”, pontuou o relatório.
“Os principais serviços, incluindo usinas de dessalinização de água, tratamento de esgoto e hospitais, deixaram de funcionar. Peço às autoridades israelenses que autorizem imediatamente a entrega da quantidade necessária de combustível, conforme exigido pelo direito humanitário internacional”.
Nações Unidas fala em carnificina na Faixa de Gaza
O órgão voltou a criticar a ofensiva israelense ao grupo Hamas, que acontece desde o início de outubro. O chefe da Operação Humanitária da ONU, Martin Griffiths, descreveu a situação dos palestinos que são civis que vivem na região de Gaza e foram impactados com o conflito.
“[É] carnificina que atinge novos níveis de horror a cada dia. “O mundo continua a assistir, em estado de choque, a hospitais sendo atacados, bebês prematuros morrendo e uma população inteira sendo privada dos meios básicos de sobrevivência”, alertou.
“Não se pode permitir que isso continue”, insistiu. “As partes em conflito devem respeitar a lei humanitária internacional, concordar com um cessar-fogo humanitário e interromper os combates”.