A Polícia Civil realizou operação contra organização que atuava com clonagem de números de WhatsApp e é suspeita de praticar o crime contra ministros do governo Lula. A corporação realizou a ação nesta terça (7) e identificou dez membros do grupo criminoso.
Segundo a polícia, “alguns ministros tiveram suas imagens e nomes utilizados indevidamente” pelo grupo, que é especializado “em crimes de fraude eletrônica”. Em parceria com agências de Pernambuco e da Paraíba, a corporação realizou oito mandados de busca e apreensão.
Ministros do governo que foram vítimas do grupo criminoso procuraram a Polícia Civil, que iniciou a investigação há cerca de seis meses.
“A associação criminosa cooptava vítimas se passando por autoridades do primeiro escalão do Poder Executivo do país, especialmente por ministros de Estado, ‘clonando’ perfis de aplicativos de mensagens, utilizando suas imagens, nomes e informações colhidas em fontes abertas”, diz a corporação em nota.
O grupo estava tentando entrar em contato com diretores e presidentes de instituições públicas e privadas para pedir Pix, sob a alegação de que ajudariam um terceiro. Em um dos casos, o criminoso contatou uma associação comercial de São Paulo em nome de um ministro, relatou que uma pessoa próxima a ele teria falecido e alegou que não conseguia efetivar uma transação para a família.
“Os autores tinham conhecimento da agenda das autoridades públicas pelas quais se passavam, pois, tal ministro teria tido um compromisso político naquela mesma região, dias antes, e a associação comercial vítima teria participado do encontro”, prossegue a Polícia Civil.
A corporação ainda apura a quantidade de vítimas feitas pelo grupo, quem são todas as autoridades envolvidas e quanto o grupo lucrou com o golpe.