A Operação Mercenários, realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio de Janeiro (Gaeco/MPRJ), em conjunto com a Corregedoria da Polícia Militar, prendeu nove policiais militares nesta quinta-feira (26), no Rio de Janeiro. A ação procurava 11 PMs, acusados de corrupção, tortura, peculato e concussão (usar cargo público para ter vantagens indevidas).
Segundo a investigação do MP, os policiais envolvidos sequestravam criminosos, praticavam tortura e pediam pagamento pelo resgate deles. O grupo de PMs também é suspeito de vender armas e vazar informações sobre operações de tocaias para surpreender traficantes.
Segundo reportagem do g1, um dos casos citados pelo Ministério Público do Rio é referente ao chefe do tráfico no Cantagalo/Pavão-Pavãozinho, Léo Marirnha. Quatro PMs exigiram R$ 1 milhão para não prender o criminoso.
Alguns dos policiais investigados são André Araújo de Oliveira, tenente-coronel e comandante do 15º BPM, em Duque de Caxias, Anderson Santos Orrico, capitão e o chefe do Serviço Reservado (P2) do mesmo batalhão. Ambos foram alvo de mandados de busca e apreensão. Na casa de Orrico foram encontrados R$ 96 mil.
Após a ação, a Secretaria de Estado de Polícia Militar divulgou nota: “Preventivamente, o comandante do 15º BPM foi afastado da unidade visando à isenção no andamento do caso. A Polícia Militar não compactua com desvios de conduta e tem como objetivo a apuração dos fatos”.
Os seis presos identificados são: Adelmo da Silva Guerini Fernandes, Antônio Carlos dos Santos Alves, Marcelo Paulo dos Anjos Benício, Mário Paiva Saraiva, Oly do Socorro Biage Cei de Novaes e Vitor Mayrinck. Os outros três não tiveram a identidade revelada.
A Secretaria de Estado de Polícia Militar afirmou também que está colaborando com a investigação. “A secretaria e o MPRJ atuam conjuntamente para cumprimento de mandados de prisão e mandados de busca e apreensão em desfavor de policiais militares”, disse a corporação em nota, divulgada pelo g1. “Preventivamente, o comandante do 15º BPM foi afastado da unidade visando à isenção no andamento do caso. A Polícia Militar não compactua com desvios de conduta e tem como objetivo a apuração dos fatos.”