Operação que pôs Deolane na cadeia apreende Ferrari de R$ 7 milhões em Pernambuco

Atualizado em 6 de setembro de 2024 às 17:36
Ferrari apreendida em Pernambuco na Operação Integration. Foto: reprodução

A Polícia Civil de Pernambuco apreendeu, na manhã desta sexta-feira (6), uma Ferrari avaliada em R$ 7 milhões durante a operação “Integration”, em Recife (PE). A ação, que resultou também na prisão da influenciadora Deolane Bezerra, tem como alvo uma organização criminosa suspeita de envolvimento em jogos ilegais e lavagem de dinheiro. Embora o dono do veículo não tenha sido identificado, as autoridades confirmaram a apreensão do carro de luxo, frequentemente exibido por um dos investigados.

A operação, que conta com a colaboração das polícias civis de São Paulo, Paraná, Paraíba e Goiás, faz parte da 42ª Operação de Repressão Qualificada da Polícia Civil de Pernambuco. O foco está na investigação de grupos ligados a jogos de azar online, uma prática proibida no Brasil.

Apesar de as apostas esportivas serem regulares, a “Integration” visa diretamente os jogos ilegais e a lavagem de dinheiro associada a essas atividades.

O Ministério da Justiça apontou que a organização criminosa investigada utilizava diversas empresas, como eventos, publicidade, casas de câmbio e seguros, para lavar dinheiro.

Entre os bens adquiridos pelos suspeitos estavam veículos de luxo, aeronaves, joias e centenas de imóveis. “A operação cumpre 19 mandados de prisão e 24 de busca e apreensão”, informou a polícia. Além disso, foram bloqueados ativos financeiros no valor de R$ 2,1 bilhões.

Dentre os alvos da operação, Deolane Bezerra, de 36 anos, foi presa. Sua irmã, Dayanne Bezerra, revelou que a mãe delas também foi detida, mas não foram divulgadas as ligações das duas com os crimes investigados. O escritório de advocacia que representa Deolane e a mãe afirmou ter “plena confiança na Justiça” e garantiu colaborar com as autoridades para esclarecer os fatos.

A advogada e influenciadora Deolane Bezerra. Foto: Reprodução

Outro ponto de destaque foi a apreensão de um avião, ainda em nome da empresa do cantor sertanejo Gusttavo Lima, vendido à JMJ Participações, de propriedade de José André da Rocha Neto, dono da casa de apostas VaideBet, também investigada. A assessoria de Gusttavo Lima esclareceu que, apesar de o avião estar formalmente registrado no nome do cantor, a venda já havia sido realizada, faltando apenas a conclusão do pagamento.

Em nota, a VaideBet declarou que acompanha a operação e está à disposição das autoridades para prestar esclarecimentos. “Recebemos com surpresa o cumprimento do mandado de busca e apreensão, uma vez que, desde o ano passado, nos prontificamos a colaborar com as investigações”, afirmou a empresa.

A operação também atingiu a casa de apostas Esportes da Sorte, que confirmou a busca em sua sede, em Recife. A empresa alegou que suas atividades estão dentro da legalidade e que coopera com as investigações desde março de 2023.

“Nossas atividades cumprem rigorosamente a Lei n.º 13.756/2018 e a Lei n.º 14.790/2023”, disse a empresa em nota, reiterando sua disposição em contribuir com as investigações.

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