A mulher responsável pela denúncia de estupro contra Daniel Alves deu detalhes do episódio em depoimento ao Ministério Público, órgão que apresentou o relato à Justiça espanhola. O caso aconteceu em 30 de dezembro de 2022, na cabine de um banheiro da boate Sutton, em Barcelona.
Segundo o jornal espanhol Marca, que teve acesso ao documento, a vítima relatou que tinha 21 anos e estava acompanhada por uma amiga e a prima na ocasião. As três foram convidadas para beber na área privada do estabelecimento junto do ex-jogador e um amigo.
Elas teriam recusado a bebida, de acordo com o depoimento, mas acabaram aceitando posteriormente após insistência do brasileiro e seu amigo. Neste período, Daniel Alves a abraçava e ficava próximo a todo momento, chegando a pegar sua mão e colocá-la em suas partes íntimas.
Durante a madrugada, às 3h20, o ex-jogador convidou a jovem para uma das cabines do banheiro da boate e a trancou lá dentro. Ele teria sentado na tampa do vaso e agarrado a cintura da vítima, levantando seu vestido e insistindo que ela sentasse no seu colo. A vítima afirmou que vivei momentos de “angústia e terror” neste momento.
Após recusa da jovem, Daniel Alves teria dados tapas em seu rosto. Ela relata que pediu para sair do local, mas foi impedida e que ele tentava fazer sexo oral nela. Posteriormente, após resistência da mulher, ele teria penetrado em sua vagina sem uso de camisinha.
O ex-jogador saiu do local e deixou a mulher lá. Ela foi atendida pela equipe da boate e acabou desmaiando. Logo após o abuso, o ex-jogador e seu amigo saíram do estabelecimento.
A vítima foi diagnosticada com stress pós-traumático após o episódio. A Promotoria espanhola deve pedir sua prisão por nove anos e uma indenização de 150 mil (cerca de R$ 800 mil).
O ex-jogador está preso desde janeiro deste ano na Brians 2, conhecida por ter estupradores e assassinos. A previsão da imprensa espanhola é que o julgamento de Daniel Alves ocorra entre o fim de 2023 e o início de 2024. Ele já teve três pedidos de liberdade provisórios negados.